O Governo do Ceará vai começar a desapropriar áreas e imóveis em Fortaleza para viabilizar a construção da Linha Leste da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor). Serão 150.889,17 metros quadrados (m²) divididos em 18 poligonais.
Das áreas a serem desapropriadas, nove são destinadas a estações e o restante será dividido em poços de ventilação, pátio de manutenção, subestação primária e saída de emergência do metrô. O decreto que autoriza as intervenções foi assinado pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), no último dia 26 de abril.
O documento destaca que as desapropriações são necessárias à construção da Linha Leste. Devido a impasses judiciais, a obra está paralisada desde 2015, e a expectativa é que os serviços sejam retomados até junho deste ano.
O reinício dos trabalhos depende de quatro editais de licitação. O valor do investimento previsto para os dois primeiros certames é de R$ 1,71 bilhão. O edital principal, de R$ 1,7 bilhão, será para a implantação das obras civis e sistemas e aquisição de equipamentos de oficina.
Com montante de R$ 6,5 milhões, o segundo é destinado à conclusão da construção do shaft, entrada por onde as máquinas tuneladoras começarão o trabalho de escavação dos túneis. O terceiro edital, ainda não divulgado, visa escolher a empresa que vai fazer o gerenciamento e a supervisão da obra. O custo estimado é de R$ 70 milhões. Já a licitação para os materiais rodantes (trens) só será lançado depois de definido quem vai executar a obra.
No próximo dia 10 de maio, serão abertas na Central de Licitações do Ceará, localizada no Centro Administrativo Bárbara de Alencar, ocasião em que será conhecida a empresa ou consórcio que ficará responsável pela Linha Leste. O prazo de vigência do contrato será de 60 meses, mas os serviços deverão ser executados e concluídos dentro do prazo de 48 meses.
COMO É A OBRA
A Linha Leste terá 7,3 km e engloba quatro estações subterrâneas e uma de superfície, sendo dois de túneis paralelos e dois túneis sobrepostos. O prazo de conclusão previsto é de quatro anos.
ÁREAS AFETADAS (M²)
1. Estação Catedral - 21.978,50
2. Poço de Ventilação 25 de Março - 2.164
3. Estação do Colégio Militar - 7.389,21
4. Poço de Ventilação João Cordeiro - 1.236,78
5. Estação Luíza Távora - 5.302,96
6. Poço de Ventilação Dr. José Lourenço - 1.230,77
7. Estação Nunes Valente - 5.597,58
8. Poço de Ventilação Visconde de Mauá - 988,72
9. Estação Leonardo Mota - 6.223,22
10. Poço de Ventilação Monsenhor Catão - 1.012,95
11. Estação Papicu - 38.666,72
12. Estação Bárbara de Alencar - 6.718,82
13. Estação Centro de Eventos - 2.028
14. Estação Edson Queiroz - 10.130,57
15. Pátio de Manutenção - 16.000
16. Área de Estacionamento - 8.000
17. Área da Subestação Primária 12.000
18. Poço de Ventilação e Saída de Emergência Castro e Silva - 4.220,37