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Abrir capital é uma forma de melhorar governança e atrair investimento
Economia

Abrir capital é uma forma de melhorar governança e atrair investimento

| BOLSA DE VALORES | Além do desenvolvimento e transparência, modelo confere condições de melhorias às companhias
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As empresas podem seguir várias vias para obter financiamentos. Duas, no entanto, destacam-se: a primeira é tirar do bolso recursos para empreender no crescimento. A outra alternativa é abrir capital para conseguir que terceiros “injetem” novas cifras que, de quebra, ajudam a diversificar as fontes de crédito para o desenvolvimento e modernização. Pequenas e médias empresas também podem ser contempladas nesse processo.


Os temas foram abordados no workshop promovido pelo Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE) sobre abertura de capital como alternativa de financiamento. O evento ocorreu ontem na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).


“Com a abertura de capital, há uma necessidade em melhorar a governança. A empresa terá de ser mais transparente, seja no planejamento de metas ou no envolvimento com os clientes. Quando se abre o capital, são exigidas essas condições de melhorias”, explica Lauro Chaves, presidente do Corecon-CE.

 

No Brasil, segundo ele, o mercado de capitais ainda segue concentrado em poucas empresas. O pequeno investidor acaba não sendo contemplado. “Diferentemente dos Estados Unidos e da Europa, em que pequenas e médias empresas abrem o capital, onde se financiam na Bolsa de Valores (Nova Iorque). Avalio que as empresas cearenses começam a atingir outro patamar, saindo do modelo tradicional para ter a governança como norteador e sendo um instrumento efetivo”, avalia.


A M.Dias Branco foi uma das empresas que seguiram o rito de abertura. “Nosso objetivo foi preparar a empresa para que ela se perpetuasse, independentemente das gestões à frente. Foi importante para criar um modelo de gestão para o negócio continuar”, explica Geraldo Luciano, vice-presidente de Investimentos e Controladoria do Grupo.


Já Bruno Cals, CFO do Hapvida, avalia que a governança complementa os processos. “A empresa tinha intenção de abrir capital. A consequência, além da governança, é a captação de recursos para financiar novos investimentos que estão por vir e que possamos ter o correto desenvolvimento de acordo com o perfil dos acionistas majoritários e minoritários”, diz.

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