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Seis empresas estão na disputa pelo Zona Azul Digital
Economia

Seis empresas estão na disputa pelo Zona Azul Digital

FORTALEZA | O app deverá indicar quantidade de créditos, tempo restante de vaga e emitir sinal sonoro para o cidadão
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Das 15 empresas que se credenciaram para desenvolver o aplicativo da Zona Azul Digital de Fortaleza, regulamentando vagas de estacionamento em vias públicas, apenas seis foram habilitadas na primeira fase do certame, que avaliou o quesito documentação. O prazo para recursos encerra na próxima terça-feira, 24, mas, antes disso, as empresas já podem começar a apresentar soluções técnicas.


A expectativa da Prefeitura de Fortaleza é que o serviço comece a ser operado ainda na primeira quinzena de maio no Centro e na Aldeota. Mas até o fim do ano será estendido para outros 22 bairros.


O resultado da primeira etapa do certame foi publicado no Diário Oficial do Município, no último dia 17. Foram habilitadas: a Serbet Sistemas de Estacionamento Veicular Brasil; Areatec Tecnologia e Serviços Ltda - EPP; Hora Park Sistema de Estacionamento Rotativo Ltda; Serttel Soluções em Mobilidade e Segurança Urbana Ltda; On Tecnologia de Mobilidade Urbana Ltda - ME; Sigma Engenharia Indústria e Comércio Ltda.


Dentre outros pontos, o aplicativo deverá indicar a quantidade de créditos, o tempo restante de estacionamento pago e ainda produzir alarme para avisar que o período está terminando, dando a oportunidade que o usuário faça a renovação a distância caso o tempo possa ser estendido.

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Para o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), a grande adesão à concorrência demonstra a viabilidade deste tipo de parceria. “Empresas de todo o Brasil se credenciaram para comercializar a Zona Azul Digital. Este número é recorde. O que mostra que é uma ideia muito viável. E o que isso vai envolver? Novas vagas de zona azul, mais segurança, já que todas vão ter câmera de fiscalização. Vai melhorar mobilidade, terá mais rodízio e uma coisa nova é que o dinheiro arrecadado vai para o transporte cicloviário”.


O superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Arcelino Lima, explica que, das empresas habilitadas, duas já apresentaram seus modelos de aplicativos. “A Prefeitura tem até 30 dias para dar uma resposta, mas acredito que será antes disso”, avalia.


O modelo de Zona Azul de Fortaleza é semelhante ao de São Paulo. Ou seja, ao invés de apenas uma empresa gerenciar todas as vagas de Zona Azul da Cidade, quem tiver seu aplicativo aprovado pode entrar no mercado e caberá ao consumidor fazer a sua escolha. O valor do card será de até R$ 2, independentemente de a vaga ser de uma, duas ou cinco horas, mas nada impede que as gestoras possam fazer promoções.


“Pode, por exemplo, a cada dez cards, cobrar apenas R$ 18. O que acaba beneficiando o consumidor. A gente vê muito isso em São Paulo, em que 16 empresas operam o serviço”, explica.


A diferença, no entanto, está na finalidade da arrecadação. Já foi enviado à Câmara Municipal projeto de lei que vincula 100% da arrecadação dos recursos à política cicloviária, como aquisição de bicicletas compartilhadas e melhoria das ciclovias.


Arcelino destaca que, apesar de não eliminar totalmente a figura do flanelinha, já que os agentes de trânsito não têm como impedir a atuação deles, a opção eletrônica é mais fácil aos cidadãos porque possibilita acesso seguro, evita fraudes e preços exorbitantes. “A orientação é fazer pelo aplicativo, que é o que vale. Mas a gente sabe que o flanelinha sempre vai ser uma questão e ficará a cargo da pessoa querer pagar a mais para ele. Mas estamos buscando alternativas para trabalhar isso junto com a assistência social também”.

 

POSSÍVEL PREÇO MENOR

Há a possibilidade de várias empresas poderem administrar aplicativos de Zona Azul, oferecendo ao consumidor a melhor opção de preço, por meio de, por exemplo, promoções

 

ENTENDA COMO VAI FUNCIONAR


Como usa?

O usuário baixa gratuitamente o aplicativo no celular e escolhe quanto tempo vai permanecer estacionado. Há locais em que será possível ficar por uma, duas ou até cinco horas. Nos dois primeiros casos, é possível prorrogação por igual período.

 

A ideia é que quanto maior o engarrafamento e dificuldade de estacionar, menor será o tempo. Em vias movimentadas como a avenida Dom Luís, por exemplo, só terá vagas de uma hora. Já em áreas como no entorno do Fórum Clóvis Bevilaqua é possível permanecer por cinco horas.


Quem não tem internet?

Quem não possui smartphone ou tenha dificuldade no acesso à internet terá a opção de comprar o Cartão Azul Digital (CAD) nos pontos de venda credenciados devidamente padronizados que estarão conectados.

Quem fiscaliza?

Caberá ao usuário escolher a vaga e pagar com antecedência por ela. A fiscalização fica por conta do agente de trânsito que, por sua vez, vai dispor de um sistema que informará se o veículo pagou pela hora de estacionamento na sua vaga. Em caso de descumprimento, a infração, considerada de gravidade média, pode implicar multa, perda de cinco pontos na carteira, além de recolhimento do veículo.

Onde vai funcionar?

Hoje o sistema de Zona Azul tem 2,3 mil vagas nos bairros Aldeota, Centro, Dionísio Torres, Meireles e Montese. Mas a ideia é expandir para mais 19 bairros. São eles: Benfica, Cidade dos Funcionários, Cocó, Edson Queiroz, Farias Brito, Fátima, Jóquei Clube, Messejana, Papicu, Parangaba, Parque Manibura, Parquelândia, Praia de Iracema, Praia do Futuro, Presidente Kennedy, Rodolfo Teófilo, São Gerardo, Sapiranga, Varjota

Quanto vai custar?

O aplicativo pode cobrar até R$ 2 por card, independentemente de ser vaga de uma, duas ou cinco horas. Mas as empresas estão livres para lançar promoções.

Quando começa?

A partir de maio o serviço começa a funcionar no Centro e Aldeota, mas até o fim do ano será levado aos demais bairros. Para saber se o sistema já está operando no local, é preciso observar as placas de sinalização e o próprio aplicativo e pontos de venda.

Como será a parceria?

O Município fica com 80% do valor arrecadado, destinado para melhorar a política cicloviária, já a empresa fica com os 20% restantes.

 

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