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Saúde financeira do cearense é três vezes maior que a do brasileiro
Economia

Saúde financeira do cearense é três vezes maior que a do brasileiro

| PRIMEIRO TRIMESTRE | De janeiro a março deste ano, o índice que mede a saúde financeira cresceu 4,4% no Ceará, segundo o GuiaBolso
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Em meio ao processo de recuperação econômica, o Ceará continua despontando no cenário nacional. Pesquisa do Índice de Saúde Financeira (ISF), feita pelo aplicativo GuiaBolso, mostrou que a saúde financeira do cearense cresceu 4,4% no primeiro trimestre de 2018 se comparado com o mesmo período do ano passado. Aumentou três vezes mais que a média do País. Foi o melhor resultado dos últimos três anos.


“Enquanto no Brasil os investimentos avançaram 5%, no Ceará a alta foi de 15%. O mesmo ocorreu com a economia feita mensalmente. No Brasil, o indicador aumentou 3,2%. Já no Ceará subiu 5,5%. Isso significa que o cearense aumentou a quantia economizada mais que a média brasileira”, explica Thiago Alvarez, CEO do GuiaBolso.


Os cearenses somaram 421 pontos, enquanto a população nacional obteve 418 pontos. O índice varia entre zero e 700 pontos. Quanto maior o indicador, mais saudável está o bolso do consumidor.

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Já o indicador de pagamento de juros caros (cheque especial e cartão de crédito) recuou 0,6% no Ceará. No Brasil, caiu 1,2%. O índice de dívidas do cearense foi de 202,4 em dezembro de 2017 para 201,2 pontos em março de 2018. Nesse sentido, quanto maior a pontuação, melhor está a vida financeira do consumidor. Como houve queda, as dívidas pioraram, e o pagamento de juros registrou aumento. “Se enrolar em dívidas tem consequências até em outras áreas da vida do consumidor”, ressalta Alvarez. Porém, o cearense economizou mais, investiu mais e se enrolou menos que o brasileiro.


Conforme o CEO GuiaBolso, é errado associar saúde financeira a apenas cortar gastos e ganhar bem. “Significa ter uma vida equilibrada e conseguir se programar para planos futuros. É importante analisar as finanças sobre três grandes aspectos: economia mensal (fluxo de caixa), investimentos e dívidas. Não adianta economizar e continuar devendo em modalidades caras de crédito, como cheque especial”, afirma.


Para Ricardo Coimbra, mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), a melhora do ambiente econômico cearense tem impacto direto no resultado da pesquisa. “Há mais pessoas com empregos, gerando assim mais recursos”, aponta. “Se analisarmos pesquisas que a Fecomércio-CE apresenta, ao longo dos últimos anos, o cearense está mais preocupado com suas despesas e gastos. A prova disso é a diminuição do seu endividamento e comprometimento de renda”, acrescenta.


Mesmo com o resultado, o ambiente ainda é de cautela. Assim considera o economista Alex Araújo. “Passamos por uma evolução lenta. Veja que o hábito de poupar tem crescido aos poucos. Ainda está abaixo do que seria saudável, sem contar que há pouco investimentos na previdência privada, que seria ideal para ter uma aposentadoria mais confortável no futuro”, diz. 

 

DICAS PARA MANTER O EQUILÍBRIO


REGRA 50-15-35


É indicado comprometer 50% da renda com gastos essenciais (mercado, transporte, aluguel, etc), 15% com dívidas ou investimentos, se a pessoa não ter nenhum tipo de crédito, e 35% com estilo de vida (academia, assinaturas, viagens, etc).


PARCELAS


É importante observar as parcelas, mesmo quando elas são pequenas. O indicado é que a pessoa comprometa no máximo 5% da renda com fatura do cartão de crédito.


PEQUENOS GASTOS


Em 20 anos, um gasto mensal custará 300 vezes mais quando observada a quantia total desta despesa. Ou seja, se o consumidor compra uma pizza por mês de R$ 50, em 20 anos isso lhe custará R$ 15 mil. Com gastos diários, a conta fica 10 mil vezes maior. Pensar o gasto no longo prazo ajuda, se não a cortar o consumo por completo, a diminuí-lo.

 

Entenda a pesquisa

 

O Índice da Saúde Financeira avalia as finanças do brasileiro sob três variáveis: Fluxo de Caixa, Investimento e Dívida. A somatória das notas de cada um dos critérios compõe o resultado final da Saúde Financeira, que pode variar entre zero e 700. Quanto mais próximo a 700 pontos, mais “saudável” está as finanças do brasileiro.


FLUXO DE CAIXA:


Analisa se a pessoa conseguiu economizar, se teve uma renda maior do que os gastos. Quando maior a economia mensal, maior o indicador.


INVESTIMENTOS:


Mensura quanto foi aplicado. Quanto maior o valor investido, maior o indicador.


DÍVIDAS:


Avalia se a pessoa conseguiu evitar juros do cheque especial. Quanto menos utilizar o cheque especial (e portanto pagar menos juros), maior é o indicador. Quanto mais utilizar este crédito, menor o indicador.


Fonte: GuiaBolso

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