A boa notícia é que a renda média que vem do trabalho – e não de outras fontes como pensão ou benefícios -, está crescendo no Ceará. Segundo a Pnad, subiu de R$ 1.394, em 2016, para R$ 1.464, em 2017. Na contramão do País. E é isso, que na avaliação, pode garantir um cenário melhor nos próximos anos, afirma o coordenador do LEP, Vitor Hugo Miro.

Hoje a renda média, somadas todas as fontes, de R$ 1.503, é a quinta pior do Brasil. No Distrito Federal, a melhor, chega a R$ 4.065.

O alto índice de pessoas que dependem de programas de transferência de renda, no entanto, continua sendo um desafio. Em 2017, 28,5% dos domicílios do Ceará recebiam Bolsa Família e 4,8% o Benefício de Prestação Continuada.

Para João Mário França, do Ipece, o ritmo de crescimento do PIB do Estado (1,87%) acima da média brasileira (1%), também ajuda. “Para que a desigualdade volte a cair, juntamente com o crescimento econômico é importante reforçar políticas públicas que afetem a produtividade dos trabalhadores de menor renda”.