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Novas usinas solares têm potencial de gerar 5,8 mil empregos
Economia

Novas usinas solares têm potencial de gerar 5,8 mil empregos

O Estado liderou o ranking do leilão de energia promovido pela CCEE, representando investimentos de cerca de R$ 2,1 bilhões
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Novos empreendimentos solares contratados no Ceará têm potencial de gerar 5,8 mil empregos nos próximos quatro anos. Destes, pelo menos três mil seriam locais. No último leilão promovido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no dia 4, o Ceará liderou o ranking entre os estados com 14 usinas solares contratadas, representando investimentos da ordem de R$ 2,1 bilhões. O montante representa cerca de 40% de todo o valor contratado no leilão, que chegou a R$ 5,4 bilhões.


Das 14 usinas, nove ficam na Chapada do Apodi (270 MW) e cinco (120 MW) na região do Pecém. O coordenador do núcleo de energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Joaquim Rolim, explica que a primeira grande consequência será a geração de emprego e renda, já que na etapa de construção de uma usina são necessários em torno de 15 a 20 profissionais para cada megawatt (MW) instalado. Ou seja, como estes projetos terão capacidade de geração de 390 MW, em uma visão mais conservadora, seriam gerados 5,8 mil empregos.


Nem todos seriam exatamente no Estado, já que boa parte desta mão de obra é empregada na fabricação de painéis ou peças complementares produzidas em unidades fabris de outros estados ou países. “Porém, em torno de 50% dos empregos estão relacionados ao processo de construção da usina. Portanto, estimamos a criação de cerca de três mil empregos no Estado. E uma parte disso permanece depois nas fases de operação e manutenção”, diz Rolim.

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O resultado também reconfigura a participação do Ceará no setor. Mesmo sem ter nenhuma usina solar grande em operação, o Estado tem oito empreendimentos em construção que são responsáveis por 8% do total de energia solar contratada no Brasil.


Com os novos projetos, passará a responder por 18% do total. “Este leilão demonstra que o Estado está retomando a contratação de grandes projetos e isso é um trabalho conjunto dos empresários e do Governo”, afirma.


Quando entrar em operação, daqui a quatro anos, o consumidor também sentirá um alívio maior nas contas de energia. O último leilão teve um deságio médio de 59,07%. Ou seja, as distribuidoras estão pagando menos pela energia produzida. O preço médio da energia solar contratada foi de R$ 118,07 por MW, mais barato do que o leilão anterior (R$ 145 por MW) e um preço menor do que a energia que vem das hidrelétricas (R$ 198,12) e das térmicas (R$ 198,94). O valor médio das eólicas é de R$ 67,60. Ou seja, quando todas estas fontes entrarem no mix, o custo da energia na composição dos preços será puxado para baixo para o consumidor final.

 

RANKING DE INVESTIMENTOS POR ESTADO NO LEILÃO A-4

 

Ceará - R$ 2,1 bilhões

Piauí - R$ 1 bilhão

Minas Gerais - R$ 856 milhões

Bahia - R$ 629 milhões

Pernambuco - R$ 337 milhões

Rio Grande do Sul - R$ 186 milhões

Espírito Santo - R$ 93 milhões

Mato Grosso - R$ 51 milhões

 

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