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Metade dos editais da Linha Leste do Metrô custa R$ 1,71 milhão
Economia

Metade dos editais da Linha Leste do Metrô custa R$ 1,71 milhão

FORTALEZA | Ontem foram lançados dois dos quatro editais previstos para a obra. O próximo custará cerca de R$ 70 milhões
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Depois de muita polêmica e três anos de obra parada, a construção da Linha Leste do Metrô de Fortaleza será retomada em junho e tem previsão de conclusão em quatro anos. A projeção é do secretário estadual de infraestrutura, Lúcio Gomes. Além disso, dois dos quatro editais previstos para dar continuidade à obra foram publicados. Somados, o valor chega a R$ 1,71 bilhão. As propostas devem ser entregues até o dia 10 de maio.


O edital principal, de R$ 1,7 bilhão, será para a implantação das obras civis e sistemas e aquisição de equipamentos de oficina. Já o outro, no valor de R$ 6,5 milhões, é destinado à conclusão da construção do shaft, entrada por onde as máquinas tuneladoras começarão o trabalho de escavação dos túneis.

[SAIBAMAIS]

Um terceiro edital com o objetivo de escolher a empresa que vai fazer o gerenciamento e a supervisão da obra deve ser lançado nos próximos dias. O custo estimado é de R$ 70 milhões. Já a licitação para os materiais rodantes (trens) só será lançado depois que for definido quem vai executar o das obras civis. “Porque a gente precisa chegar a um saldo final do convênio para saber o que cabe no orçamento ou se será preciso adicionar mais recursos”, justifica o secretário.


Os novos editais trazem algumas diferenças em relação ao contrato anterior, firmado com a Cetenco, que em 2015 requereu rescisão unilateral do contrato, alegando falta de pagamento. O edital das obras civis, por exemplo, passou a prever a inclusão dos sistemas no contrato. O trajeto também foi alterado.

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Nesta fase serão implantados 7,3 km de extensão da linha, ligando o Centro de Fortaleza ao Papicu, integrando a Linha Leste com as Linha Sul e Oeste, no Centro, e com o VLT Parangaba-Mucuripe e o terminal de ônibus, no Papicu. No projeto, serão construídas uma estação de superfície (Tirol-Moura Brasil) e outras quatro subterrâneas (Chico da Silva, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu).


“Estamos na expetativa de que agora a gente consiga destravar a obra que considero importantíssima. Fizemos um projeto em extensão menor, mas que no fim estivesse garantida a funcionalidade. Também estamos fazendo um reforço interno na escavação da estrutura do túnel para que, no futuro, possamos construir as três estações que foram retiradas”, afirmou o secretário.


Os trechos da Catedral da Sé, Praça Luíza Távora e Leonardo Mota foram retirados do projeto em função da dificuldade que o Governo teria de fazer as desapropriações.


Os recursos disponíveis para a fase 1 são de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em financiamento, R$ 673 milhões do Governo Federal, anunciados pelo governador Camilo Santana, além de R$ 186 milhões do Tesouro Estadual.


Os interessados deverão entregar no dia 10, na Central de Licitações da Procuradoria Geral do Estado (PGE), as propostas comerciais e os documentos de habilitação.


Poderão disputar o edital principal, as empresas consorciadas, até o limite de cinco. Dentre outros requisitos, devem ter patrimônio líquido igual ou superior a 10% do valor global de cada orçamento.


O prazo de vigência do contrato será de 60 meses, mas os serviços deverão ser executados e concluídos dentro do prazo de 48 meses, contados a partir da data de recebimento da Ordem de Serviço, podendo ser prorrogados. Os preços são fixos e não podem sofrer reajustes pelo período de 12 meses da apresentação da proposta.

 

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