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EUA estudam cota para entrada do aço brasileiro
Economia

EUA estudam cota para entrada do aço brasileiro

SIDERURGIA | Nesse novo sistema, que deve ser anunciado até o fim do mês, Washington não adotará nenhuma sobretaxa para o aço previsto na cota de cada país
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Os Estados Unidos indicaram ao Brasil que vão adotar um sistema de cotas para a entrada de aço importado sem restrição tarifária. A sinalização foi dada pelo secretário de comércio dos EUA, Wilbur Ross, em reunião com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira. Na conversa, o secretário reconheceu que o Brasil “não é um problema” para Washington na questão do aço e, por isso, terá o benefício. O governo brasileiro comemorou.


Após a crise comercial provocada pelo governo Donald Trump ao sobretaxar a entrada de aço importado em 25%, o imbróglio parece que começa a se resolver. Ontem, Ross indicou que Washington tem interesse em resolver rapidamente a situação do Brasil no tema e propôs a adoção de um sistema de cotas para o aço de países que não são considerados “problema”. Brasil e Coreia do Sul foram mencionados, sendo que as conversas com os coreanos estão mais avançadas. Representantes dos dois governos estão em Lima, no Peru, para participar da VIII Cúpula das Américas.


Nesse novo sistema de cotas, Washington não adotará nenhuma sobretaxa para o aço previsto na cota de cada país. A solução não deverá beneficiar China, Índia e Rússia. Ações de siderúrgicas reagiram positivamente e fecharam o dia em alta.


Ao chanceler, o secretário norte-americano reconheceu que o aço do Brasil não é um problema para o governo Trump. O argumento é que, apesar de ser exportador do produto, a relação comercial entre os dois países é favorável para os EUA. Além disso, as empresas brasileiras têm investimentos no país, inclusive com geração de empregos no segmento siderúrgico. O governo brasileiro acredita que o novo sistema deve ser anunciado até o fim do mês - quando termina a isenção temporária ao material vindo do Brasil. Caso as negociações se estendam, o secretário dos EUA indicou ao Brasil que eventual sobretaxa teria compensação tributária posterior.


No âmbito das negociações comerciais, quem está na mira, além do aço, é a Embraer. A empresa reiterou, em resposta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre notícia, que Embraer e Boeing, em conjunto com o grupo de trabalho, ainda estão analisando possibilidades de viabilizar uma combinação dos negócios.


Esta poderá eventualmente incluir a criação de outras sociedades com participação conjunta na área de aviação comercial, deixando por outro lado separadas as demais atividades notadamente aquelas vinculadas à área de defesa e à área de aviação executiva.

 

EMBRAER E BOEING

No âmbito das negociações comerciais, quem está na mira, além do aço, é a Embraer. A empresa analisa uma combinação dos negócios.

 

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