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Energia mais cara na indústria impacta consumidor
Economia

Energia mais cara na indústria impacta consumidor

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Para os consumidores de alta tensão, a energia ficará 7,96% mais cara a partir do próximo dia 22, a exemplo da indústria, que tem na energia um importante insumo. “A gente fica preocupado porque esse valor para a classe industrial é muito acima da inflação, com a situação do País hoje fica difícil a classe produtiva absorver”, avalia Joaquim Rolim, coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Estado (Fiec).


Segundo ele, o setor deve se reunir junto para avaliar de que forma é possível reduzir custos e buscar alternativas. Um caminho possível seria a energia renovável. No último leilão, ele lembra que os custos destas fontes foram abaixo do preço de outras matrizes de geração.


O aumento foi além das expectativas de mercado, segundo André Montenegro, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE). “Nossa energia é a mais cara do mundo e você tem o aumento o dobro da inflação. Vai impactar demais, aumentar custos, pois tudo depende de energia”, avalia.


Já no comércio, o impacto deve ser um pouco menor, pois grande universo varejista do Ceará é formado por pequenos e médios empresários, constituindo consumidor de baixa tensão. Estariam 95% nesse perfil, explica Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE). “O reajuste vem dentro de uma razoabilidade. Vai ser um impacto suportável, dependendo das atividades do comerciante”.


Para tornar-se ainda mais independente do sistema elétrico, o presidente da FCDL-CE recomenda ao pequeno e médio empresário buscar fonte de energia alternativa, a exemplo do fotovoltaico. “É a redenção, o grito de liberdade. É como quem compra a casa própria e sai da submissão”, diz.

 

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