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Complexo do Pecém movimenta mais de R$ 4 bi em compras locais
Economia

Complexo do Pecém movimenta mais de R$ 4 bi em compras locais

O montante poderia ser o dobro, segundo estima a Aecipp
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As empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp S.A) movimentaram em 2017 mais de R$ 4 bilhões em compras com empresas cearenses. Mas este número pode dobrar nos próximos anos. A projeção é do presidente da Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp), Ricardo Parente, que está coordenando trabalho para aproximar e desenvolver a cadeia de fornecedores locais.


Ele explica que este aumento no volume de negócios virá, sobretudo, com os investimentos que estão se desenhando para a região, como a parceria com do Pecém com Porto de Rotterdã, a refinaria, a construção de um polo petroquímico, unidade de regaseificação e parque de tancagem. Mas também de uma aproximação de empresas instaladas com fornecedores locais.

[SAIBAMAIS]

Dentre os desafios, está a falta de conhecimento sobre as oportunidades que existem. Tanto das corporações sobre os insumos e serviços que são produzidos no Estado, como dos fornecedores. “Muitas empresas cearenses nunca vieram aqui e não têm a real noção do tamanho e do potencial do complexo”, afirma Parente.


Somente a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) contratou mais de R$ 850 milhões de fornecedores cearenses. De insumo para fabricação da placa de aço a serviços como o fornecimento de mais de 3.600 refeições que são servidas diariamente aos seus funcionários. Há outras 28 empresas associadas, sendo 45% com investimentos estrangeiros.


Para reduzir estas lacunas, a Aecipp criou um fórum para desenvolver fornecedores. Toda segunda e quarta-feira de cada mês é realizada uma reunião. A última reuniu mais de 400 participantes e serviu para que os fornecedores se apresentassem, as indústrias elencassem demandas e o que é preciso para atender aos requisitos. A próxima reunião será no dia 11.


“Desta forma a gente potencializa a economia do Estado. Todo mundo ganha: o fornecedor, porque entende as oportunidades, a gente, porque otimiza processos e reduz custos com o fornecedor próximo, e mais empregos são gerados”, afirma Parente.


Identificar as demandas comuns do Complexo para que as empresas se unam em compras conjuntas será o próximo passo. E, no futuro, a criação de uma plataforma para que todos os processos possam ser feitos online. Entender a dinâmica também ajuda a atrair empresas para o Estado. “A CSP usa muito refratário, mas não compensa para ninguém montar uma fábrica aqui, mas se somar à demanda de uma refinaria ganha escala”.

 

IMPACTO DO CSP

Somente a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) contratou mais de R$ 850 milhões de fornecedores cearenses. De insumo para fabricação da placa de aço a serviços

CIPP


O TAMANHO DO COMPLEXO


O complexo ocupa uma área de mais de 13.337 hectares. Tem mais de R$ 28,5 bilhões em investimentos


Mais de 50,8 mil empregos. Destes, 12,7 mil diretos.


Só de almoço, são servidas diariamente mais de 7.500 refeições.


Em 2017, movimentaram mais de 15,8 toneladas de cargas no porto do Pecém. Aumento de 41% em relação a 2016.


A Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp) tem ao todo 29 empresas associadas que estão localizadas nos municípios de São Gonçalo do Amarante ou Caucaia. Destas, 20 são de serviço e nove indústrias.


45% das associadas têm investidores internacionais. E estas empresas representam 92% do PIB do Complexo.


Em 2017, as empresas da Aecipp movimentaram de R$ 3 bilhões em negócios com fornecedores locais. Só a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) contratou R$ 850 milhões.

 

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