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Caixa Econômica tem R$ 82 bilhões para financiar imóveis
Economia

Caixa Econômica tem R$ 82 bilhões para financiar imóveis

Nelson Antônio de Souza, novo presidente do banco, ainda anunciou financiamento do CFO e patrocínio do Fortaleza e Ceará
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O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza, disse ontem que existe um grande espaço para a expansão do crédito habitacional, uma vez que a carteira total não chega ao equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Ele informou que a instituição tem neste ano R$ 82 bilhões para financiar imóveis, o mesmo montante do ano passado. Mas, já em 2017, a concessão de crédito precisou ser suplementada e chegou a R$ 86 bilhões.


“O crédito habitacional é o grande gerador de emprego e renda”, afirmou ele, ao destacar ser essa a prioridade da Caixa. “Tenho o dever de dar continuidade ao trabalho de Gilberto Occhi e saber que a economia, para ter um desenvolvimento contínuo, tem de gerar emprego e renda”.


Ele disse ainda que o plano é seguir com a atuação nos programas de governo e expandir o crédito “de maneira responsável”. Souza tomou posse mais cedo como presidente da Caixa, em substituição a Gilberto Occhi, que assumiu o posto de ministro da Saúde. Até então, era vice-presidente de Habitação do banco.


Nelson ainda comunicou ontem, a Eunício Oliveira (MDB), presidente do Senado, que a Caixa vai patrocinar o Centro de Formação Olímpica do Nordeste (CFO), em Fortaleza, conforme já havia anunciado O POVO, por meio da coluna Jocélio Leal, no dia 18 de março.


Em primeiro ato assinado, o presidente da Caixa firmou ainda o patrocínio de R$ 6,4 milhões para os clubes Ceará (R$ 4 milhões) e Fortaleza (R$ 2,4 milhões). A logo do banco será estampada pelos times até o fim deste ano. O POVO já havia anunciado o patrocínio ainda em fevereiro deste ano.


No âmbito financeiro, outra mudança foi o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, que assume a Presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com a missão de conduzir o doloroso processo de devolução de todos os empréstimos do Tesouro Nacional.


Ainda fará deslanchar a carteira de projetos de financiamento de infraestrutura. Essa área continua praticamente parada, mesmo depois das sucessivas promessas do Palácio do Planalto de dar impulso a novos investimentos.


Por outro lado, há também a expectativa de que o ministro, com maior força, dê um direcionamento mais claro aos negócios do banco na JBS (maior processadora mundial de proteína animal). O BNDESPar (braço de participações do banco) detém 21,3% do capital. O envolvimento do banco nos negócios da JBS foi alvo de operação da Polícia Federal e provocou uma ferida “exposta” no corpo de funcionários. O presidente Michel Temer orientou Oliveira a “pacificar” essa crise.


De acordo com apuração, a devolução de mais R$ 100 bilhões ao Tesouro até o fim do ano está assegurada com Oliveira no comando do banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com Agência Estado

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