Logo O POVO+
Tecnologia na forma de pagar ainda é um desafio para o varejo
Economia

Tecnologia na forma de pagar ainda é um desafio para o varejo

Edição Impressa
Tipo Notícia Por

O pagamento por meios eletrônicos representa até 70% das vendas no varejo em Fortaleza, explica Assis Cavalcante, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza. “É um número representativo para o negócio e repercute diretamente na venda”, afirma.


No entanto, o cartão de crédito ainda é um processo oneroso para o comércio. As taxas de administração variam de 5% a 10% e, quando o consumidor parcela a compra, o estabelecimento também recebe parcelado.


Se o comércio quiser antecipar o dinheiro, ainda incidem juros mensais de 6% e 9% sob o montante a receber. “Representa muita coisa no pequeno negócio. A margem de lucro vai toda embora, aí é preferível dar desconto para o consumidor que comprar à vista”, diz Assis.


Junto à modalidade do cartão, também resistem outros meios de pagamento como dinheiro, cheque, convênios, duplicatas, crediário. “Culturalmente, no Nordeste ainda se anda com dinheiro, usa-se talão de cheque, lojas ainda têm crediário”. Segundo o presidente da CDL Fortaleza, outros facilitadores são os caixas eletrônicos dentro do shopping center, que estimulam o pagamento em espécie.


Para 2018, Assis diz que o comércio está otimista, com a retomada de confiança do consumidor, que perdeu o medo de ficar sem emprego. Os números refletem a recuperação. As vendas do comércio varejista no Ceará, por exemplo, cresceram 2,5% em janeiro na comparação de igual período de 2016, segundo Pesquisa Mensal do Comércio divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


“Sinaliza que estamos na linha de crescimento na economia e que o mercado está mais calmo”, avalia Assis. Porém, ele pontua que esse é um processo demorado. “Até que as pessoas voltem a comprar como no passado leva um pouco de tempo”, avalia.

 

O que você achou desse conteúdo?