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Governo estuda ampliar oferta de água dessalinizada na RMF
Economia

Governo estuda ampliar oferta de água dessalinizada na RMF

Ideia é que se implante uma segunda usina ou se amplia a proposta atual
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Em busca de soluções que minimizem as chances de um colapso de abastecimento em Fortaleza e na Região Metropolitana, o Governo do Estado pretende ampliar a oferta de água proveniente do processo de dessalinização. A ideia é que se implante uma segunda usina — também com capacidade de 1 metro cúbico (m³) de água por segundo (1.000 l/s) — ou se amplie a proposta atual de equipamento, que passa por formulação de estudos pelas empresas espanholas GS Inima Brasil e Acciona Água S/A.


“Nossa meta é chegar a dois metros cúbicos de água. O primeiro PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) tem a pretensão de ampliar, como também tem a possibilidade de outra usina no Ceará com mais um metro (cúbico)”, disse o governador Camilo Santana (PT), durante evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), ontem, no Palácio da Abolição.

[SAIBAMAIS]

“Precisamos resolver a situação a médio prazo, com ações de infraestrutura como a transposição (do rio São Francisco), Cinturão (das Águas) e com novas tecnologias. Estamos atrasados na dessalinização e no reúso da água”, reconheceu o governador.


Com a adição de mais 1 m³ proveniente da unidade de dessalinização, a população beneficiada saltaria de 720 mil para 1,44 milhão, em Fortaleza e Região Metropolitana. De acordo com Neuri Freitas, presidente da Cagece, a modelagem da PMI será alterada. “As empresas continuam estudando o projeto para 1 m³. Pedimos o estudo de uma planta modular. Ela poderá até acrescer 2 m³ se for necessário. O Governo tem sim o interesse em ampliar. No momento, não mudaremos. Se assim o fizermos, voltaremos à condição inicial”. Qualquer modificação, disse, seria estudada após as entregas dos estudos, previstas para 5 de maio.


Dentre iniciativas complementares para o abastecimento, estão a barragem do rio Cocó e o reúso da água do Complexo Portuário e Industrial do Pecém (Cipp).


Outra solução seria a implantação de usinas menores, com capacidade de trabalhar com 100 a 150 litros de água por segundo. A expectativa é que entrem em operação ainda em 2018 e fiquem na orla de Fortaleza. Caso não sejam disponibilizados recursos para a construção dessas usinas de de menor porte, o Estado contrataria empresas que já oferecem o serviço. “Seria uma prestação de serviços, tendo em vista que o custo de implantação de uma usina é de R$ 90 milhões. O valor de contratação é menor do que o de instalação. É algo que está sendo pensando. Não quer dizer que sejam implementadas”, comentou Neuri.


Com relação à cobrança de tarifa extra ou encarecimento do valor cobrado pela água, o presidente da Cagece garantiu que o preço para o consumidor final não será alterado.

 

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