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Adece negocia atração de novas empresas para o Interior
Economia

Adece negocia atração de novas empresas para o Interior

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No Ceará, o maior volume de arrecadação de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), tributo pela exploração dos minerais, são: minerais de material de construção (brita, areia, etc), água (mineral ou potável de mesa); calcário; e rochas ornamentais. Mas já há negociações em andamento para potencializar exploração de projetos no interior do Ceará.


O assessor de mineração da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Francisco Paula Pessoa, explica que dentre os projetos que interessam ao Estado estaria a instalação da jazida de Itataia, reserva mineral de fosfato com urânio associado no município de Santa Quitéria. Estes bens minerais servirão para produzir fertilizantes fosfatados, utilizado na nutrição animal e concentrado de urânio, que é utilizado em usinas nucleares.

Segundo ele, o Brasil importou mais de US$ 500 milhões em fertilizantes fosfatado em 2016. "Temos aqui uma área que tem ocorrência deste mineral com teor alto, de mais ou menos 10%, um dos maiores do Brasil”, explica.

O projeto, tocado pela Galvani Fertilizantes e Indústrias Nucleares do Brasil (INB), se arrasta desde 2014 por pendências ambientais e burocráticas. “Existe um memorando de entendimento com o Estado e o grupo está procurando atender a estas pendências. Seria importante para o Ceará porque é uma oportunidade de trabalho e renda no Interior”.


O Estado também trabalha para verticalização da produção de rochas ornamentais. Atualmente, existem vinte empresas do setor negociando para se instalar na Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Muitas delas já atuam na área de extração no Ceará, mas beneficiam a matéria-prima no Espírito Santo.


Ele destaca que o mapa que o Serviço Geológico do Brasil vai lançar pode contribuir para o que ele chama de sinalização clínica da riqueza mineral do Estado. Seria um passo para atrair o investidor a fazer pesquisas mais detalhadas como a quantidade e a qualidade do minério encontrado e assim viabilizar extração em maior escala. Sobretudo, daquelas riquezas minerais de maior valor agregado como nióbio, grafeno e lítio. “São minerais que a gente fica torcendo para que tenham mais detalhes”, avalia.

 

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