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Parceiro privado para saneamento no Ceará fica para 2019
Economia

Parceiro privado para saneamento no Ceará fica para 2019

Estado vai escolher empresa para universalizar saneamento nas Regiões Metropolitanas de Fortaleza e do Cariri
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A escolha de um parceiro privado para a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) realizar a universalização do saneamento nas Regiões Metropolitanas de Fortaleza e do Cariri tem grandes chances de ficar para 2019.

 

Mesmo que os estudos de viabilidade técnica e econômico-financeira, conduzidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sejam concluídos até abril,. como previsto, o processo depende de decisão política, modelagem pelo Governo do Ceará e aval da Assembleia Legislativa.

 

“É muito difícil que saia neste ano, porque ainda que o estudo seja concluído neste semestre, o Governo ainda precisa decidir o que vai fazer, modelar o negócio. É um processo que naturalmente demanda tempo”, explica o diretor-geral da Assist Consultores Associados e especialista em projetos de parceria público-privada (PPP), André Barbosa.

 

O economista Alcântara Macedo acrescenta que ainda existe a dificuldade legal de fazer a licitação em ano eleitoral. “Não pode ser feita licitação três meses antes e nem depois da eleição”.

O estudo vai sugerir qual melhor modelo para o equipamento: se privatização, concessão ou mesmo parcerias público-privadas (PPP) de apenas parte das operações. Porém, a tomada de decisão caberá ao Estado. No caso da Cagece, o governador Camilo Santana (PT) á sinalizou que não pretende privatizar companhia.

“Somente após a análise dos estudos, o Governo do Ceará e a Cagece irão decidir se avançam nas PPPs. A previsão para conclusão dos estudos é abril deste ano”, diz a empresa, em nota.

 

André Barbosa acredita que no caso do Ceará o mais provável é que ocorram subconcessões. “Até porque a Cagece está fazendo estudos para a dessalinização. O que, no meu entendimento, é um sinalizador de que o Estado não pretende fazer a desestatização completa”. Para ele, o que vai definir a atratividade do negócio é a estrutura jurídica do edital.

 

Já para Macedo, à priori, a concessão parece ser mais adequada, assim como foi feito para a antiga Companhia de Energia Elétrica do Ceará (Coelce), hoje, Enel. Ele diz que, no geral, ao tirar a gestão pública da empresa, ela fica menos sujeita à política. Com a concessão, o Estado passa a ser cobrador de resultados. “Para isso é preciso ter uma agência reguladora forte”, frisa.

 

ENTENDA

 

Além do Ceará, o BNDES conduz o levantamento de seis estados.
O Ceará tem 40% de cobertura de esgoto e 98% de abastecimento d’água.

 

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