Logo O POVO+
Iranianos terão até 15% de participação
Economia

Iranianos terão até 15% de participação

Estado e investidores chineses viajam para Teerã, capital do Irã, no dia 25. Reunião deve definir fornecedores de óleo para a unidade
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
NULL (Foto: )
Foto: NULL
[FOTO1]

Investidores iranianos terão até 15% de participação na refinaria que será implantada no Ceará, no Complexo Industrial e portuário do Pecém (Cipp), em São Gonçalo do Amarante. A estimativa é de Antônio Balhmann, assessor especial para Assuntos Internacionais do Governo do Estado. Ele esteve nos dias 27 e 29 de dezembro do ano passado, em São Paulo, para tratar da operacionalização do empreendimento com a China Brasil Petróleo Importação e Exportação (BRCP).


“O objetivo é dar sequência e buscar uma parceira para a refinaria. Eles (iranianos) serão os suppliers (fornecedores) do óleo que irá abastecer a unidade no Ceará”, destaca. “Vamos propor ao governo iraniano participação societária no projeto, mas ainda é algo a ser definido, provavelmente entre 10% a 15%”, disse. Ficou marcada viagem para o país asiático no dia 25 de janeiro para tratar do negócio.

[SAIBAMAIS]

De acordo com Balhmann, haverá rodadas de negociações com estatais iranianas responsáveis pelo abastecimento do petróleo, além de empresas petroquímicas. “O Irã tem uma relação muito próxima com a China. Esse é o fator diferencial para o negócio, já que os chineses foram privilegiados com o petróleo iraniano por anos”, afirma.


A refinaria terá capacidade de transformar 300 mil barris de petróleo por dia em derivados. A operação será dividida em duas fases – ambas com 150 mil barris /dia. Cada etapa está orçada em US$ 4 bilhões. O número de empregos é estimado em 10 mil na fase de construção e 8 mil diretos e indiretos após a conclusão das obras.

[QUOTE1]

Também é projetada uma petroquímica da Qingdao Xinyutian Chemical, para produção de derivados do petróleo. O projeto da refinaria demandará 600 hectares. Sendo 400 para as duas fases, além de outros 200 para a instalação da petroquímica, que exigirá investimentos de US$ 3 bilhões.


Ônibus elétricos

Com relação à empresa holandesa Ebusco, interessada em instalar uma fábrica de ônibus elétricos no Estado, Balhmann afirma que as negociações permanecem indefinidas. “Eles coletaram informações. Antes de qualquer negociação, precisam apresentar o projeto. Não há nenhuma confirmação no momento”, informa. A holandesa atua no mercado europeu e possui operações em Portugal, Alemanha e França.

 

O que você achou desse conteúdo?