Faltando menos de um mês para o Carnaval, a procura por casas nas principais praias do litoral cearense já está a todo vapor. Curtir a folia, no entanto, exige também fôlego financeiro. O aluguel de um imóvel em locais como Jericoacoara, Beberibe ou Aracati, por exemplo, pode chegar a R$ 20 mil entre os dias 9 e 14 de fevereiro.
O POVO fez um levantamento e constatou que as diárias para o Carnaval no Ceará começam em R$ 85. Considerando que são seis dias de festa, o pacote sairia a R$ 510. Isso para uma casa simples de 45 m², em Jericoacoara, com apenas um quarto, três camas, e capacidade máxima para acomodar quatro pessoas.
[SAIBAMAIS]O preço aumenta de acordo com a localização. Quanto mais próximo da faixa de praia ou dos locais onde ocorrem as festas, mais caro. Número de quartos e comodidades oferecidas aos clientes como ar-condicionado, Wi-fi, piscina, amplo estacionamento e serviços também valorizam o espaço.
Como é o caso de uma casa no Morro Branco com vista para o mar, cinco suítes, amplo estacionamento, e que tem até campo de futebol. O preço: R$ 20 mil por seis dias.
“O Carnaval sempre é movimentado e este ano deve ser ainda melhor com a economia dando sinais de recuperação. Para a maioria, a procura começou no fim do ano, mas fecha mesmo agora em janeiro”, afirma o presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-CE), Apolo Scherer.
Ele diz que a procura é maior em municípios onde a programação da festa já foi divulgada. É o caso, por exemplo, de Aracati, que desde dezembro anunciou as bandas que vão comandar a festa. “Tenho quatro casas em Aracati e aluguei a última na semana passada. Na verdade, a procura começou desde novembro”, acrescenta o comerciante Alexandre Ferreira, de 41 anos.
Já em Beberibe a procura pelo aluguel de temporada está começando a ganhar força, mas ainda bem menos do que em anos anteriores, é o que afirma a professora Maria Fernanda Silva Costa, 27. “Administro cinco casas em Beberibe e, neste ano, a procura está bem menor, acho que muito em função desta demora da Prefeitura em divulgar a programação”.
Esta indefinição também faz com que os preços caiam. “Antes a gente alugava a R$ 15 mil, R$ 12 mil, hoje, estamos oferecendo R$ 3 mil e não está tudo alugado”, afirma a professora.
Economia
Para o empresário, Thiago Medeiros, o conforto do imóvel era fundamental, já que este ano ele está fugindo de badalações. “Minha esposa está grávida de seis meses, alguns amigos com filhos, então buscamos este ano um lugar mais tranquilo”.
A escolha foi uma casa de sete suítes que vai ser compartilhada com 14 amigos. Além dos gastos com aluguel do imóvel, ele diz que também fizeram cotas para pagamento de cozinheira e alimentação. “Não saiu tão caro, fizemos uma cota de R$ 500 para cada casal”.
A universitária Paloma Reis, 24, também se uniu a outros 20 amigos e está rachando o aluguel de uma casa em Canoa Quebrada. “Se junta muita gente, não sai pesado. Além do que fica todo mundo junto”, avalia.