Até outubro deste ano, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) investiu mais de R$ 800 milhões em compras com fornecedores do Estado. O número é R$ 300 milhões a mais do que o estimado inicialmente. “É um número que vem só surpreendendo a gente.

Estamos conseguindo acelerar a nacionalização, a ‘cearensização’ dos nossos fornecedores”, afirmou o CEO da empresa, Eduardo Parente.

Dentre as empresas locais que fornecem matéria–prima para siderúrgica estão a Gertaxi, ICM e Makro. A companhia é também responsável por mais de 60% do volume de cargas movimentadas pelo Porto do Pecém e tem um impacto estimado em 12% no produto interno bruto (PIB) do Estado.

No acumulado do ano da balança comercial do Ceará (de janeiro a outubro), as exportações atingiram o volume de US$ 1.654.089.830, uma variação de 69,9% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Só o produto semimanufaturado de ferro ou aço não ligado cresceu 916,2% no período, saltando de US$ 79.456.507 para US$ 807.427.610. Hoje, o produto representa um crescimento de 40,6% de participação do total exportado pelo Estado.

Em termos de indicadores de crescimento, o Estado registrou a terceira maior alta percentual no país com 69,9%, bem acima da média nacional, de 19,9%. O município de São Gonçalo do Amarante, onde a CSP está localizada, lidera a lista dos 10 maiores exportadores com US$ 867 milhões (aumento de 611,6%), representando mais da metade da pauta exportadora.

Para Parente, o Município e o Ceará reúnem hoje as condições mais favoráveis para se investir no Brasil. Ele destaca ainda que a possível parceria entre os portos do Pecém e Roterdã vai traçar um novo panorama para investimentos no Estado. Bem menos pela melhoria da operação, e muito mais pela visão de desenvolvimento imobiliário do grupo holandês. (IC)