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Bares e restaurantes devem crescer 4,5% no Brasil
Economia

Bares e restaurantes devem crescer 4,5% no Brasil

Neste ano, setor estima aumento de 2,5% nas vendas, após ter sido afetado pela crise econômica. Mudanças na legislação trabalhista já começou a beneficiar a atividade no País
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Fortemente afetado pela crise político-econômica do País, as vendas do setor de bares e restaurantes no Brasil devem crescer quase o dobro deste ano em 2018. O avanço de 2,5%, aumento estimado para 2017, para 4,5% deve ser impulsionado pela continuidade da melhoria do desempenho da economia, mudanças na legislação trabalhista, reduzindo, por exemplo, os conflitos entre empregadores e empregados.


Essa é expectativa do presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci. Ele avalia que o crescimento de 2017 ocorreu de maneira mais intensa no segundo semestre. Conta que, hoje, só cerca de 28% das empresas declaram que estão operando com prejuízo. No pico da crise, iniciada no segundo semestre de 2015, esse percentual no Brasil chegou a 39%.

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Para ele, 2018 vai ser histórico para o setor porque, além da retomada do crescimento, foram resolvidos problemas como o da gorjeta, que causava insegurança ao setor. Destaca que também será importante a implantação do trabalho intermitente, regulamentado pela nova legislação trabalhista.


Solmucci ressalta, ainda, o impacto cada vez maior da tecnologia.

Segundo ele, os aplicativos (apps) favorecem as entregas. Hoje, 40% das empresas do setor no Brasil têm alguma atividade de delivery.

“Ficou mais fácil com os aplicativos. A terceirização, que também ajuda no avanço dessa prestação de serviço”, comenta.

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Na avaliação do presidente da Abrasel, o ambiente de regulação favorável melhora cada vez mais o serviço, inclusive, para o consumidor que passa a ter mais opções e comodidade. Ele considera que a rentabilidade está voltando. Explica que o normal é uma lucratividade de 10% do faturamento, mas 61% das empresas estavam faturando abaixo dessa meta.


“As empresas que estavam apertadas estão caminhando para uma rentabilidade mais saudável”, diz, acrescentando que, nos últimos três anos, o setor andou morro abaixo. “Agora, favorecido pela regulamentação trabalhista, especialmente do trabalho intermitente, da gorjeta e terceirização, vai ficar menos arriscado investir. Isso vai permitir o crescimento do mercado”, analisa.

Contratações


O número de contratações, com o trabalho intermitente, deve gerar 2 milhões de empregos nos próximos cinco anos para o setor. “Para 2018, esperamos 300 mil novos postos”, diz Solmucci, considerando que a grande maioria vai se adequar à formalização dos trabalhadores informais.


Adianta que esse é um movimento que já está ocorrendo em várias partes do País. “E vai continuar avançando”, reforça, destacando que essa temporada de alta estação deve ter 100% das empresas trabalhando com mão de obra formal. Observa que antes, sem o trabalho intermitente, não era possível fazer isso, especialmente o segmento de bufês.


Ele avalia que isso terá impacto para os trabalhadores, empregadores e consumidores. “A reforma trabalhista e a tecnologia estão refletindo positivamente”, afirma, observando que haverá aumento da formalização e expansão dos empregos.


No Brasil, estima-se que existam em torno de 1 milhão de negócios, considerando bares, restaurantes, lanchonetes, etc. Desses, cerca de 650 mil ainda são informais. “Existe um enorme trabalho para a formalização do setor de bares e restaurantes, que gera mais de 6 milhões de empregos diretos”, afirma Paulo Solmucci.

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