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Empresários, médicos e administradores puxam venda de imóveis
Economia

Empresários, médicos e administradores puxam venda de imóveis

Juntos, esses profissionais foram responsáveis por mais de 30% das aquisições de imóveis novos neste ano na Capital. Funcionários públicos estão na quarta posição do ranking, apontam dados da Lopes Immobilis
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Empresários, administradores e médicos são os profissionais que mais compram imóveis novos em Fortaleza. Juntos, foram responsáveis por mais de 30% das aquisições deste segmento neste ano. É o que mostra o relatório Flash Imobiliário divulgado ontem pelo setor de inteligência da Lopes Immobilis, empresa que, pela primeira vez, traçou um perfil básico dos consumidores do setor.


Os funcionários públicos aparecem apenas na quarta posição do ranking (6,9%). É menos da metade, por exemplo, do percentual de empresários que compraram um imóvel novo na Cidade (14%) e menor do que o de administradores (8,4%) ou médicos (7,7%).

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“Se costuma pensar que quem compra mais é o funcionário público porque tem a estabilidade da renda, ganha mais, mas, se olharmos os números, são os empresários, microempresários, os funcionários da iniciativa privada que estão puxando esta retomada”, afirmou o sócio-diretor da Lopes Immobilis, Ricardo Bezerra.


Apesar do estoque em Fortaleza ainda alto, são 6.868 unidades disponíveis em Fortaleza, o mercado de imóveis novos está voltando a recuperar o fôlego. Impulsionado principalmente pela venda de apartamentos. No acumulado de janeiro a outubro, foram comercializadas 1.739 unidades residenciais verticais na Capital.


O montante é 8% maior do que o que total comercializado em igual período de 2016. O Valor Geral de Vendas (VGV) do segmento é de R$ 1,4 bilhão, alta de 32% ante o ano passado. Só em outubro, foram comercializadas 146 unidades. O que representa aumento de 4% ante igual período de 2016. O VGV do período cresceu 8%.

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Outros segmentos, como o de imóveis comerciais, ainda não estão crescendo no mesmo ritmo, mas o levantamento mostra que o desempenho geral do setor imobiliário (prédios, casas, unidades comerciais e segunda moradia) segue estável. Foram 2.127 unidades comercializadas em 2017, contra 2.129 em 2016. A soma do valor potencial de venda de todas as unidades, no entanto, apresenta crescimento de 19% no período, quando acumulou R$ 1,6 bilhão.


Fatores

Para o presidente da Cooperativa da Construção Civil do Estado do Ceará (Coopercon – CE), Emanuel Capistrano, entre os principais fatores que têm influenciado esta retomada do mercado de imóveis novos é a queda da taxa básica de juros. Ele lembra que até o crédito imobiliário, com taxas de juros entre 9% e 10 % ao ano, está menor. “Os juros imobiliários caem mais devagar. Até pouco tempo se falava em juros de 12,13%. Além disso, a gente acredita não só pelos números, mas por um sentimento mesmo de mercado, que o pior já passou. A crise política já não interfere tanto na economia e as vendas estão melhores que no ano passado”, destaca.

 

Ricardo Bezerra reforça que o fato de os imóveis novos não terem sido afetados pelas novas políticas de acesso a crédito – a Caixa anunciou em setembro a redução do limite de financiamento de usados em 50% – e os descontos oferecidos nas negociações pelas próprias construtoras também têm contribuído para um maior otimismo.


“Apesar de o metro quadrado estar aumentando na tabela, as empresas estão dando um desconto médio de quase 19%. Hoje, você compra imóvel mais barato que em 2015”. A melhora do consumo tem estimulado as empresas a repensarem sua política de lançamentos. Se neste ano apenas sete novos projetos foram lançados no mercado, para o ano que vem o estudo estima o triplo. “Vai ser muito melhor”, observa.

 

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