O economista Sérgio Melo diz que as informações do IBGE referentes a 2015 já eram previstas por todo o mercado, pois aquele ano foi o pior dos últimos anos em ternos econômicos. “O Ceará teve desempenho muito ruim, atrás de 15 outros estados”, comenta. Para ele, o importante é que, em 2016, e agora em 2017, o Ceará, principalmente depois da inauguração da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), vem registrando crescimento acima da média nacional.

O gerente das Contas Regionais, Frederico Cunha, afirma que todos os estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ganharam participação, exceto Alagoas, Distrito Federal, Amazonas e Sergipe. O que mais se destacou foi Mato Grosso, com o avanço da fronteira agrícola, entre outros fatores.

Conforme ele, é possível dividir o PIB brasileiro, em termos de composição, em três grupos: o primeiro formado, exclusivamente, por São Paulo; o segundo formado por Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná; e o terceiro composto pelos demais 22 estados.

“Esse é o Brasil: apesar de tudo, ainda muito concentrado em termos de Produto Interno Bruto ou de geração de renda”, destaca, ressaltando que houve uma pequena desconcentração entre 2002 e 2015.

Em 2002, SP respondia por 34,9% do PIB nacional, e essa participação caiu para 32,4% em 2015. A participação do segundo grupo caiu de 33,3% para 32,3% em igual período. Já a participação do terceiro grupo aumentou de 31,9% para 35,3%.

“Na comparação com 2002, o bloco que mais ganhou participação foi justamente o dos 22 estados menores”, ressalta Cunha.

A região Sudeste manteve a tendência registrada nos últimos anos e perdeu 0,9% de participação no PIB do Brasil em 2015, ficando em 54%.