Discussões e projetos acerca do uso da água no Ceará, sejam focadas no setor agropecuário ou não, sinalizam uma preocupação com o futuro do Estado. E não apenas quanto à economia, mas com a própria gestão dos recursos hídricos, cuja situação hoje é “precaríssima”, alerta o presidente da Federação da Agricultura do Estado (Faec), Flávio Saboya. Mesmo sem cravar números, estima que o estudo viabilizado a partir do edital vai contribuir para amenizar o problema da seca e ainda gerar mais emprego e renda ao Estado.

Ele endossa que o Ceará, mesmo detendo 60% do potencial de armazenamento de água no Nordeste, continua a sofrer com a baixa disponibilidade de água. Um potencial que é construído entre barragens de pequeno, médio e grande porte. “Estamos numa situação precaríssima. O Castanhão está hoje com somente cerca de 4% de sua reserva”. O que deve impactar diretamente no abastecimento de água em Fortaleza.

Saboya lembra, ainda, que a suspensão de outorgas, ou seja, do direito de uso da água pública, vem reduzindo "drasticamente" novos plantios no Estado. "Principalmente de fruticultores nos grandes vales do Jaguaribe e Banabuiú", complementa.

Lígia Costa