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Criatividade em processos
Economia

Criatividade em processos

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Os processos internos, sejam de logística ou de gestão de pessoas, estão no topo da prateleira como importantes para a composição dos preços de produtos e para o bom resultado de uma empresa. Modernizar estes dois importantes segmentos passa pela etapa de rever processos para chegar à eficiência e com criatividade.


Na esteira das estratégias, o Pinheiro Supermercado opta pelo compartilhamento de logística, chegando ao fim do mês com dinheiro a mais no caixa. Desde janeiro, passou a fazer, em parceria com a indústria Betânia, a operação back home. O caminhão sai do centro de distribuição do Pinheiro, em Fortaleza, para levar mercadorias para as lojas da rede em Juazeiro do Norte. Na volta, passa pela fábrica da Betânia, em Morada Nova, e já traz a carga que estava prevista para ser entregue na Capital. Compartilhando custos e evitando, assim, a subutilização da frota.


“Antes, este caminhão voltava vazio e era um custo a mais que a gente tinha”, explica o diretor administrativo do Pinheiro Supermercado, Tadeu Pinheiro. O resultado é uma economia de mais de R$ 100 mil ao ano, além dos ganhos ambientais com 192 caminhões a menos circulando.


Mais tech

A tecnologia é também uma aliada. Há dois meses, a rede de supermercados passou a inserir no código de barras a data de validade do produto. Assim, quando um cliente tira a mercadoria do carrinho, se o produto estiver vencido, o sistema no caixa impede a venda. A inovação traz segurança ao consumidor e ajuda a empresa a identificar seus gargalos de operação.

 

Na Normatel, um software ajuda na organização do layout do centro de distribuição para que os produtos que vendem mais fiquem nas linhas mais próximas das áreas de carregamento. A equipe de produção passou a ser valorizada pela produtividade. Em menos de três meses, a empresa conseguiu reduzir de 72 para 48 horas o tempo de entrega ao cliente. “E pretendemos chegar a 24 horas”, afirmou o gerente de logística, Alexandre Gualberto.


Eficiência

Em comum, as empresas são associadas ao ECR Nordeste (Resposta Eficiente ao Consumidor). O próprio grupo, formado por indústrias, atacadistas e varejistas, é prova de que o mercado está buscando se reinventar. Criado em 2015, a entidade busca soluções para processos, redução de custos comuns, aumento da eficiência e melhora do atendimento. “A melhor forma de sair de um momento de crise é a eficiência”, diz o coordenador do ECR Nordeste, Simone Ciocollani.

 

Ele explica que a parceria com fornecedores e mesmo entre pares é tendência para obter produtos competitivos. “No Brasil, isso ainda é feito de forma muito emocional. O discurso é cortar pessoas e custos. Mas não é a melhor”. Simone defende que é preciso medir eficiência e produtividade para depois decidir ações de melhoria. “É algo que deve ser muito bem calculado, engenheirizado, para não afetar a qualidade do serviço”, acrescenta.

Irna Cavalcante

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