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Nova chance para investir na poupança
Economia

Nova chance para investir na poupança

Com a Selic em 8,25%, aplicação tem mais rentabilidade que fundo de renda fixa na maioria das situações. Facilidade de movimentação, segurança e isenção de Imposto de Renda (IR) são alguns atrativos
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A caderneta de poupança sempre atraiu os brasileiros pela facilidade, segurança, isenção de Imposto de Renda (IR) e praticidade. Inflação e juros altos, principalmente nos últimos dois anos, fizeram poupadores procurar aplicações mais rentáveis. Mas com a queda desses indicadores, a aplicação preferida dos brasileiros, ganha novos atrativos. E a recente queda da taxa Selic a 8,25% deixa o tradicional investimento mais rentável que fundo de renda fixa na maioria das situações.


Agora, mais que antes, vale a pena investir na poupança? Especialistas se dividem. O economista Vitor Leitão diz que se vale a pena ou não, depende de cada pessoa. “A poupança ainda tem como vantagens: facilidade, liquidez imediata, isenção de IR. As desvantagens são a baixa rentabilidade se comparada a outros produtos financeiros e rentabilidade apenas mensal (aniversário)”, afirma.

[SAIBAMAIS]

Acrescenta que com a queda da taxa de juros, mesmo passando a vigorar a nova regra da poupança cuja rentabilidade é menor (70% da Selic %2b TR), o rendimento de outros produtos financeiros também tem caído, a exemplo dos títulos do tesouro, Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).


Segundo o economista, dois principais fatores devem determinar se vale a pena ou não manter os recursos na poupança: o valor do capital disponível para o investimento (quanto maior, melhor será a rentabilidade oferecida por outros produtos) e o tempo dos investimentos (quanto maior o prazo, maior a rentabilidade).


Pega regra, a remuneração da poupança passa a ser de 70% da Selic mais a taxa de referência (TR), definida pelo Banco Central, toda vez que a taxa Selic for igual ou abaixo de 8,5% ao ano. É bom lembrar que para os valores depositados até 3 de maio de 2012, quando foi publicada a nova lei, o cálculo do rendimento não muda.


Ganhos

De acordo com simulações feitas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), os fundos só ganham se tiverem taxas de administração inferiores a 1% e prazos de resgate mais longos. Segundo a Caixa Econômica Federal, banco que concentra o maior número de poupadores do País, mesmo com a alteração da taxa de remuneração, a rentabilidade da aplicação passa a ser ainda mais atrativa relativamente à taxa Selic.

 

Como exemplo, cita que considerando uma TR estimada de 0,9% a.a., o rendimento da poupança passa de 77,08% da Selic (quando esta estava a 9,25% a.a.), para 81,45% (considerada a Selic a 8,25% a.a.). “Ou seja, a poupança se torna ainda mais competitiva em relação às demais aplicações de renda fixa para o segmento de varejo”, diz a Caixa.


O diretor Executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel Ribeiro, avalia que tanto a poupança antiga quanto a nova já ganham dos fundos na maioria das situações, sendo que quanto menor o prazo de resgate da aplicação e maior a taxa de administração cobrada pelo banco, maior vai ser a vantagem da poupança frente aos fundos.

 

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