O anúncio do hub Air France-KLM em Fortaleza deve ser analisado não apenas em função das resultantes, mas também pela forma como tudo foi feito. A empresa europeia não reproduziu a esperta atitude da “sudamericana” Latam, que promoveu humilhante “quem dá mais” entre Ceará, Pernambuco e Bahia. O propalado hub da Latam continua promessa disputada em lamentável leilão.

Adotada sem alvoroços, a decisão da Air France-KLM foi baseada em estudos técnicos ao longo de pouco mais de seis meses. Dois pontos foram fundamentais: a menor distância entre a Europa e o Brasil e, fundamentalmente, a gestão privada do Pinto Martins, cuja concessionária (a alemã Fraport) está contratualmente comprometida com a modernização do terminal.

Em louvável e raro silêncio, o Governo e a Prefeitura concederam à companhia as mesmas condições oferecidas à Latam. Inclua-se no rol a série de benefícios fiscais que diminuem os custos e, portanto, aumentam os lucros advindos da operação dos voos. Já havia uma cesta preparada e os nossos governantes só bateram bumbo após o negócio fechado.

Sim, há motivos para otimismo. As cinco prometidas ligações semanais entre o Pinto Martins e os aeroportos Charles de Gaulle (Paris) e Schiphol (Amsterdã), grandes hubs europeus, têm imenso potencial econômico.

São apenas os primeiros efeitos da privatização do Pinto Martins. A propósito, a Fraport Brasil garimpa currículos para ocupar vagas em áreas como administração, operações, técnico aeroportuário, finanças, contabilidade, RH, TI, jurídico e compras. Entre outras. Veja aqui: http://fraport-brasil.com/pt/oportunidade-de-carreira/oferta-de-vagas/

Fábio Campos, jornalista