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Hotéis favoráveis à regulamentação do aplicativo na capital
Economia

Hotéis favoráveis à regulamentação do aplicativo na capital

ABIH-CE explica que a medida irá igualar concorrência entre serviços de hospedagem ofertados em Fortaleza. Audiência pública debateu o tema
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Em busca de igualar a concorrência, a rede hoteleira de Fortaleza procura regulamentar serviços oferecidos por aplicativos hospedagem como Airbnb, que permite qualquer usuário locar desde quartos em residências até casas completas. De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), Manoel Linhares, o objetivo não é acabar com os serviços, mas garantir que com a regulamentação todos respeitem as mesmas regras.


Ele avalia os maiores beneficiados pelo Airbnb são donos de conjuntos de apartamentos na área nobre da Capital, como Aldeota, Meireles e Beira Mar. Esses prédios, ele garante, funcionam de forma semelhante aos hotéis. “Acaba não sendo uma hospedagem diferenciada. Nós hoteleiros geramos emprego, pagamos impostos. No mundo já existem 275 cidades que regulamentaram (o Airbnb), como Paris e Amsterdã. Esse é o melhor caminho para a sociedade como um todo, para todo mundo ficar dentro da legalidade”, aponta.

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A discussão ganhou força com o projeto de indicação do vereador Michel Lins (PPS). No texto, o político defende a taxação de 5%, com a cobrança de Imposto Sobre Serviços (ISS). A pauta precisa ganhar aval do prefeito, para somente então poder ser convertida em projeto de lei e assim ser votado pela Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor).


Debate

Entre discussões e vaias, uma audiência pública sobre o projeto de indicação ocorreu na tarde de ontem na Câmara. Além da ABIH-CE, a ocasião contou com a presença de Flávia Matos, diretora de políticas públicas do Airbnb, dos vereadores Michel Lins e Guilherme Sampaio (PT), além de Catherine Santa Cruz Jereissati, representando a OAB-CE e Rodrigo Marinho, presidente do Livres PSL.

 

A diretora acusou a hotéis de lobby para evitar concorrência. “O discurso da hotelaria é de que querem apenas regulamentar. Na verdade, eles querem criar barreiras de entrada para inviabilizar a atividade desempenhada pelos anfitriões na cidade de Fortaleza. Nossa presença faz com que eles precisem melhorar o serviço e a infraestrutura deles”, destaca.


Proponente do projeto de indicação, Michel Lins garantiu não ser contrário à inovações tecnológicas, mas assegurou que a regulamentação se faz necessária para que ambos os lados saiam satisfeitos. “Quando se fecha um hotel, sofre o empresário, mas sofrem centenas de fortalezenses iguais aos anfitriões que aqui estão. Eles também querem seu espaço de trabalho. É importante nessa construção que a gente busque o melhor caminho para cidade de Fortaleza e o melhor caminho para os usuários”, finaliza.

 

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