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Feira da José Avelino continua acontecendo
Economia

Feira da José Avelino continua acontecendo

As obras de requalificação da rua José Avelino, no Centro, estão quase concluídas, mas a feira de confecção durante a madrugada e parte da manhã que a Prefeitura decretou o fim, continua por lá
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Faltando menos de um mês para conclusão das obras de requalificação da José Avelino, no Centro, o comércio irregular de confecções persiste. Apesar de a Prefeitura de Fortaleza ter estabelecido o seu fim no dia 15 de maio, após o dia das mães, ainda é significativo o número de galpões funcionando e ambulantes que expõem produtos no chão ou nos braços.


Na última quinta-feira, antes das 7 horas, em frente à Catedral Metropolitana de Fortaleza, o comércio irregular que se forma ainda na noite anterior, a chamada feira da madrugada, ocupava não só a calçada, mas praticamente uma faixa inteira da pista da Avenida Alberto Nepomuceno.

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De acordo com a Prefeitura, a fiscalização na área é realizada 24 horas por dia, com o efetivo, em média, de 30 fiscais e 50 auxiliares, e com o apoio da Guarda Municipal de Fortaleza e da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC). E de fato O POVO constatou agentes concentrados principalmente próximo da entrada na José Avelino, mas, na prática, esta presença pouco inibe as atividades de compra e venda nem na própria via e, sobretudo, nas vias do entorno.


Em frente à Catedral, a aglomeração mesmo só foi dispersada por volta das 7h40min com a aproximação de uma operação maior de fiscalização e apreensão de mercadoria, popularmente conhecida como ‘rapa’. Na medida em que o carro ia se aproximando, correria para todo lado. Mas tão logo passava, os vendedores voltaram.

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O tamanho da feira não é o mesmo de antes. Já não se vê, por exemplo, barracas armadas, mas pelas calçadas, galpões e no meio da rua o vaivém de mercadorias é constante. Relatos de ambulantes e compradores que estavam no local dão conta que mesmo no auge das obras as atividades da feira não chegaram a ser totalmente interrompidas.


No início, ficavam nas calçadas, espremidos entre os tapumes e os galpões. Agora com a liberação de alguns trechos – 95% das obras já estão concluídas - a prática é mais ostensiva. O grosso do movimento ocorre em ruas próximas, como Baturité e Sobral.


Compradores

Os ônibus de turismo que transportam compradores de outros estados agora ficam concentrados em pontos como o da rua 25 de março, com a Santos Dumont, próximo ao colégio Imaculada Conceição. Anderli Dutra, 36 anos, há sete anos vende roupas no local. Ela conta que neste período, só ficou sem trabalhar na primeira semana após o anúncio do fim da feira pelo prefeito Roberto Cláudio. “Nunca deixamos de vender, o problema agora é que a fiscalização aumentou. O rapa vem e leva com grosseira, mas a gente escapa como dá, temos que sobreviver. Não tenho condições de ir para algum boxe, então, a gente permanece por aqui”.

 

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