Logo O POVO+
Mulheres que trabalham para mulheres
Economia

Mulheres que trabalham para mulheres

De olho no emponderamento feminino, mulheres desenvolvem linguagens e produtos em seus segmentos de negócios para agradar a um público-alvo muito específico: outras mulheres
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
NULL (Foto: )
Foto: NULL
[FOTO1] 

A fotógrafa Ethi Arcanjo, 32, descobriu que poderia se envolver mais com fotografia depois de trabalhar por cinco anos com editoriais de moda. “Quando me formei em publicidade e propaganda, eu já estava envolvida com fotografia. Depois de trabalhar com ensaios femininos, eu percebi que faltava algo mais”, explica.


Segundo a fotógrafa, os seus ensaios lhe mostraram outra perspectiva, logo que algumas linhas editoriais se concentram em exibir mulheres com um padrão exemplar de beleza, algo que distanciava outras mulheres. “Antes de ser fotógrafa, eu sou mulher. Percebi que criar exigências para atingir um padrão não era o que eu queria. Pedi para sair e, desde então faço ensaios para as mulheres se sentirem representadas”. Ethi hoje fotografa mulheres. Definiu seu público-alvo e desenvolve linguagens e estratégias de imagens para representar o feminino.

[SAIBAMAIS]

Assim, como Ethi, outras profissionais enxergam o feminino do seu próprio local de fala e oferecem produtos e serviços que deixam suas clientes mais confortáveis por serem elas também mulheres.


Os produtos da Ethi são divididos em dois pacotes: o ensaio com fotos tratadas por R$ 550 e o outro, que inclui maquiagem e cabelo, por R$ 750. Sua média mensal de faturamento é de R$ 2.500 a 3.000. Durante os ensaios, Ethi encaixa a temática sensual e de pouca roupa, o que, segundo ela, aumenta a autoestima das mulheres. “As minhas clientes se conhecem mais com esses ensaios”, explica. A especialista conta que vai à casa das clientes e cria as fotos com elementos de suas respectivas personalidades, ao invés de montar um ensaio em estúdio.

[QUOTE1]

Camilla Albano, 30, trabalha com fotografia desde os 19 anos. Depois de desistir do curso de publicidade e propaganda, Camilla se profissionalizou na 8ª arte e, há quatro anos, trabalha exclusivamente com fotos femininas. “Eu ainda estava no curso quando comecei a me envolver com alguns grupos de mulheres, onde discutíamos o feminismo e natureza, o que me rendeu a ideia de unir os dois focos em um ensaio fotográfico”, explica.


Depois de discussões e planejamentos com o grupo, Camilla criou o ensaio “Mulheres da Lua”. O ensaio não teve foco financeiro, mas após vários compartilhamentos nas redes sociais, a fotógrafa se tornou referência para fotos de mulheres. “A procura foi tão intensa, que, imediatamente, percebi que podia lucrar com a demanda feminina”. A fotógrafa diz que garante R$ 4.000 mensais.


A profissional conta que já sofreu preconceitos. “Uma vez eu fiz um belíssimo ensaio de nu artístico feminino, o que me rendeu alta divulgação nos portais de notícias. O problema começou quando conferi alguns comentários machistas e misóginos que recebi. Homens discutiam, vulgarmente, os seios, cabelos e etnia das mulheres, o que me trouxe grande insatisfação. O foco, entretanto, é deixar as mulheres em paz com elas mesmas”. Camilla clica os ensaios em ambientes que possuem contato com a natureza, como em Guaramiranga e em Aquiraz.

 

SERVIÇO

 

Ethi Arcanjo

Facebook: http://bit.ly/2isycqt

Instagram: @ethi.arcanjo

Telefone: 98884 5417

Camilla Albano

Facebook: http://bit.ly/2vc9kW0

Amanda Roosevelt

Instagram: @amandaroosevelt

Kaleidoscope Studio - R. Franklin Távora, 604 – Centro - (85) 3253-1806


 

O que você achou desse conteúdo?