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Demanda exclusiva é crescente
Economia

Demanda exclusiva é crescente

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A ilustradora e tatuadora Amanda Roosevelt, 22, trabalha na Kaleidoscope Studio há quatros anos com tatuagens exclusivas para mulheres. “Comecei com 18 anos, quando ainda fazia moda. Depois de publicar algumas imagens, o dono do estúdio me convidou para trabalhar com ele. Fui aprendiz durante um ano e, atualmente, trabalho com valor mínimo de R$ 150”. A tatuadora conta que a demanda feminina cresce constantemente, o que a faz trabalhar com duas clientes por dia.


Amanda destaca a importância de trabalhar só com mulheres, visto que elas se sentem à vontade com outra mulher, principalmente as que procuram temáticas feministas. “Querendo ou não, alguns estúdios possuem um local preconceituoso. Muitas pessoas me procuram, inclusive, porque viveram situações ruins com outros tatuadores. É uma preocupação pertinente, que, graças ao meu trabalho e de outras profissionais exemplares, está sendo revertida”. A tatuadora ainda destaca o atual cenário artístico que já possui várias referências masculinas, enquanto que as mulheres continuam em constante exercício para lançar o próprio nome.


Ela pontua que não trabalha com catálogo ou com cópias, prefere conversar e conhecer a personalidade da pessoa. “Isso me garantiu ouvir algumas histórias muito intensas de traumas que marcaram as vidas das mulheres, o que me permite desenvolver uma temática simbólica nesses assuntos pessoais, que, felizmente, corta raízes e marca na pele a luta dessas pessoas. Isso é muito mais eficaz que um rotineiro ‘fast-food de tatuagem’”, explica.


A tatuadora ressalta que garante 80% de sua renda com tatuagens. Ela também faz projetos literários da Secretaria do Estado da Educação (Seduc). Amanda destaca que está planejando montar o seu próprio estúdio nos próximos meses, onde irá tatuar com horário marcado e com liberdade de tempo e preços.


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