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Tecnologia afeta a categoria, diz sindicato
Economia

Tecnologia afeta a categoria, diz sindicato

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Para além da expansão e melhoria do atendimento digital pelos bancos - como forma de facilitar a vida dos clientes - há quem veja problemas no investimento cada vez maior do setor bancário em tecnologia e em cortes de gastos.


Presidente do Sindicato dos Bancários no Estado (Seeb/CE), Carlos Eduardo Bezerra critica o enxugamento no corpo de funcionários das instituições financeiras. O que, segundo ele, prejudica principalmente aqueles que trabalham em bancos privados. Enquanto nos bancos públicos são realizados planos de incentivo à aposentadoria e há remanejamento de funcionários para agências de outras localidades, “os bancos privados não têm responsabilidade (sobre o funcionário). Ultimamente, ninguém mais é contratado”.


O professor da UFC, Almir Bittencourt, compartilha o mesmo posicionamento. Afirma que o impacto da tecnologia no nível de desemprego no setor “é grande. Basta ver como funcionava o sistema bancário nas décadas de 1980 e 1990”, período em que a figura do bancário exercia “status bastante significativo”.


Quando são deflagradas greves, exemplifica, os bancos continuam a funcionar normalmente. “Porque a a compensação é feita toda eletronicamente”. Com isso, vem a queda do nível salarial.


Ainda conforme Carlos Eduardo, com a redução do número de funcionários, há uma sobrecarga de trabalho e mais propensão para que eles adoeçam. ”E a população fica mais tempo nas filas”. (LC)

 

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