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As obras da Transnordestina se arrastam há mais de 10 anos e agora a previsão para terminá-la é de um aporte de mais R$ 7 bilhões. Já foram gastos cerca de R$ 6,3 bilhões. A Ferrovia recebeu visita, ontem, de Comissão Externa da Câmara dos Deputados, que acompanha as cerca de 5 mil obras paradas do Governo Federal em todo o Brasil.

O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB) esteve na visita às obras e na apresentação do presidente da Transnordestina, Sérgio Leite, na Federação das Indústrias do Estado (Fiec), sobre o novo cronograma físico-financeiro do projeto. “Vimos (na apresentação) as alternativas de investimentos internacionais e que a obra precisa de mais R$ 7 bilhões. Eles estudam propostas com parcerias de empresas chinesas”, diz o deputado.

O deputado Zé Silva (SD-MG), coordenador da comissão, diz que 39,6% das obras param por falha nos projetos executivos e outros 9,8% por problemas de licenciamento ambiental. “Propomos ao Governo Federal, em projeto de lei, sistema informatizado em que todo recurso que entra ficará disponível na internet e todo cidadão vai poder acompanhar a evolução das obras, você terá transparência e gestão de licitação”, diz. O segundo produto proposto será um caderno de boas práticas.

Outras obras paradas no Ceará visitadas ontem foram o Anel Viário e o terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Pinto Martins. Os deputados federais Luiz Cláudio (PR-RO) e Evair de Melo (PV-ES) também fizeram as visitas. “São obras que já consumiram muitos recursos do Orçamento da União, mas que se transformaram em promessas”, diz Gomes de Matos.

Ao fim dos trabalhos da comissão haverá relatório apontando causas, prejuízos e soluções para a retomada desses projetos. Serão apresentadas sugestões para mudanças na legislação para dar mais transparência às obras públicas. O colegiado da comissão foi criado a partir do projeto de lei 5.664/16, do deputado Zé Silva (SD-MG). (Beatriz Cavalcante)