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Conta de luz terá bandeira vermelha no mês de agosto
Economia

Conta de luz terá bandeira vermelha no mês de agosto

A tarifa de energia terá cobrança adicional de R$ 3 a cada 100 kwh consumidos, a partir do próximo mês
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As contas de luz terão bandeira vermelha no mês de agosto. A decisão foi anunciada ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com a bandeira vermelha, a tarifa de energia terá cobrança adicional no mês que vem, de R$ 3 a cada 100 kWh consumidos.


O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pelo órgão regulador, que avalia o preço da energia, o volume de chuvas e a situação dos reservatórios das hidrelétricas em todo o País para tomar uma decisão.


De acordo com a Aneel, houve necessidade de aumento dos gastos de geração de energia previstos para agosto. O custo da usina termelétrica mais cara a ser acionada no mês que vem será de R$ 513,51 por megawatt-hora (MWh) - a usina termelétrica Bahia 1.


O primeiro patamar da bandeira vermelha é acionado quando a energia fica acima de R$ 422,56 por Mwh. “Como o sinal para o consumo é vermelho, os consumidores devem intensificar o uso eficiente de energia elétrica e combater os desperdícios”, afirmou a Aneel.


Quando o valor supera R$ 610 por MWh, é acionado o segundo patamar da bandeira vermelha, que adiciona R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos. No mês de julho, vigorou a bandeira amarela, que adiciona R$ 2 a cada 100 kWh de consumidos. Em junho, foi acionada a bandeira verde, que não traz custo adicional ao consumidor. Nos meses maio e abril, vigorou a bandeira vermelha em seu primeiro patamar. Em março, foi acionada a amarela. Em janeiro e fevereiro vigorou a verde.

Carga de energia

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que a carga de energia para o mês que vem no Sistema Interligado Nacional (SIN) é de 64.392 MW médios, o que corresponde a um aumento de 1,9% em relação ao registrado em agosto do ano passado.

 

O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do País, deve registrar uma carga de 37.356 MW médios, 1,1% maior frente o anotado na mesma etapa de 2016, enquanto no Sul a previsão é de 10.919 MW médios, alta de 4,1%. No Nordeste, a projeção aponta aumento de 1,9%, aos 10.341 MW médios, enquanto para o Norte a expectativa é de elevação de 3,4%, com 5.776 MW médios.


Já a hidrologia de agosto seguirá desfavorável. O volume de água que chegará aos reservatórios das hidrelétricas do Brasil ficará abaixo da média histórica para o mês, em 67% da média de longo termo (MLT).


De acordo com projeções do ONS, a chamada Energia Natural Afluente (ENA) no Sudeste, que concentra boa parte da capacidade de armazenamento do País, deve alcançar 78% da MLT. Em outras regiões do País, o volumes serão ainda menores, com ENA esperada de 59% da média histórica no Sul, de 63% da MLT no Norte e de apenas 34% no Nordeste.


Com chuvas mais fracas ao longo do mês, o nível dos reservatórios deve cair em todos os subsistemas. A Energia Armazenada Máxima (EAR) deve chegar ao final de agosto em 34% no Sudeste. No Sul o indicador cairá para 60,5% No Norte diminuirá para 50%, enquanto no Nordeste chegará aos 11,5%. (Agência Estado)

 

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