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Coopercon aposta em leilão online entre fornecedores
Economia

Coopercon aposta em leilão online entre fornecedores

Novo presidente da Coopercon, Emanuel Capistrano acredita que volume de negociações pode vencer a crise
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Engenheiro civil e diretor operacional da Construtora Mota Machado, Emanuel Capistrano assumiu um novo compromisso: presidir a Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE) no biênio 2017-2019.


Apesar da vasta experiência no setor, admite ser tarefa difícil suceder o engenheiro João Carlos Lima, responsável por criar a entidade em 1997. Especialmente devido ao momento “de muito desafio” que todo o Brasil atravessa nos cenários político e econômico.

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Aos 64 anos, o pai de quatro filhos e avô de cinco netos traça metas, com foco na tecnologia. E pretende incentivar a “união e fidelidade dos cooperados para que, assim, possam emergir melhores alternativas de negócios”.


O POVO - O senhor está estreando no cargo de presidente da Coopercon. Quais os desafios dessa gestão?

Emanuel Capistrano - A Coopercon está completando 20 anos e estão passando o bastão pra mim. Tendo em vista a grande crise política e financeira que atravessamos, o momento é de muito desafio, mas nós temos uma história muito bem desenvolvida e podemos aproveitar esse potencial pra fazer uma boa administração. Nosso foco é fazer boas negociações para os cooperados, com bons insumos e bons preços. Por isso, é fundamental a união e a fidelidade numa cooperativa. Tendo isso, sem dúvida nenhuma, vamos fazer grandes volumes de negociações e vencer esse momento que o País vive.

OP - Como o senhor vai conciliar as obrigações na Coopercon e a direção operacional da empresa?

Emanuel - Sempre fui diretor na Coopercon e a conheço profundamente, desde a sua fundação. Antes do João (Carlos Lima ser reconduzido ao cargo), eu já tinha sido convidado a assumir a cooperativa, mas a construção pesou mais pra mim. Não aceitei porque era um momento mais crítico para o setor. Hoje, a Mota Machado está bem estruturada, temos gerências em todas as áreas, uma nova diretoria... E isso vai permitir que eu me ausente mais de lá. Além disso, nesse momento o mercado deu uma enxugada e reduziu lançamentos. Dá pra revezar as duas funções. A Mota Machado tem quase 50 anos e estou lá há 42.

OP - Quando o mercado imobiliário deve voltar a construir, fazer lançamentos e empregar aqui no Ceará?

Emanuel - Não só o mercado imobiliário, mas toda atividade está sofrendo muito com essa grande crise política que se transferiu pra parte financeira. A gente até começou a sentir há dois, três meses uma grande recuperação, mas com esses novos fatos (políticos) deu uma recuada. Estamos otimistas que o mercado vai se recuperar mas não este ano, só a partir de 2018. Na Mota Machado temos produtos, mas não adianta ir pro mercado se ele está com muita indiferença.

OP - O que o senhor pretende deixar como marco/legado de sua gestão?

Emanuel - Uma coisa que a gente quer que se consolide neste mandato é colocar em operação o Portal de Compras Coopercon, um portal que vai dar mais agilidade pra fazer grandes volumes de compra. Essa nova ferramenta online acabou de ser concluída e estão começando as primeiras experiências. Quando entrar em operação, todos os fornecedores serão convidados, cada construtora coloca sua demanda e o portal faz um leilão. Ganha o fornecedor que tiver melhor condição de produto, qualidade e preço. Até então, a gente prioriza compra de aço, elevador, concreto, porcelanato, mas depois será possível comprar até insumos como luvas e botas.

 

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