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Comércio cearense registra alta de 0,5% em abril
Economia

Comércio cearense registra alta de 0,5% em abril

Apesar do resultado, Estado amargou perdas no volume de vendas de 7,5% no comparativo com o mesmo período do ano passado
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As vendas do comércio cearense apresentaram alta de 0,5% em abril, no comparativo com o mês de março. O percentual consta na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da elevação, a atividade varejista no Estado amargou perdas de 7,5% na comparação entre o mês de abril de 2017 com relação ao mesmo período do ano passado.


A maior retração registrada diz respeito às atividades ligadas à venda de móveis, com 36,8%, seguida de combustíveis e lubrificantes (29,3%). Houve queda também na venda de eletrodomésticos, com redução de 10,6% na comparação abril de 2016 com abril de 2017. No entanto, algumas atividades despontaram. É o caso de livros, jornais e revistas e papelaria, com alta de 20,1% no volume de vendas. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação tiveram alta de 10,7%. Por fim, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, remédios, perfumaria e cosméticos registraram alta de 5,5%.

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A receita nominal cresceu 0,9% em abril, no comparativo com o mês de março. Mas com relação a abril de 2016, a retração foi de 4,3%. Móveis (-33,7%) e combustíveis e lubrificantes (-32, 8%) apresentaram as maiores perdas.


“Temos a convicção de que nossos números podem melhorar. Houve retração na maioria dos segmentos, mas os próximos resultados serão positivos”, destaca Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), sobre o fato de a pesquisa do IBGE não contabilizar datas expressivas para o comércio, como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados.


O segundo semestre, avalia, trará melhores resultados. “Mas ainda é cedo falarmos de metas de crescimento robusto, pois passamos por uma grave crise econômica e um processo difícil na política, o que gera incerteza não somente para o empresário, mas também para o consumidor”, disse.


O economista Alex Araújo explica que, para o Ceará, o desafio é maior. “Entramos na dependência do consumo interno. E o nosso consumidor médio tem uma renda baixa e sofre com os vários níveis de endividamento, que remove a capacidade de novas compras”, avalia.


Nacional

Em abril de 2017, o comércio varejista nacional registrou alta de 1,0% em volume de vendas e de 1,3% em receita nominal, frente ao mês de março, após ajuste de influências sazonais (datas comemorativas). O resultado para o volume de vendas compensou parte da queda de 1,6% acumulada nos dois meses anteriores.

 

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