A cesta básica acumula alta de 9,85% em 12 meses, a segunda maior alta entre as capitais brasileiras, ficando atrás apenas de Natal. No acumulado do ano, o avanço é de 7,33%, já a alta mensal é de 3,49%. Com isso, a Cidade tem a 7ª cesta mais cara do País, chegando a R$ 423,08. Os dados, referentes a abril, foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Em Fortaleza, a alta mensal foi puxada pelo tomate (24,32%), do café (5,39%), da manteiga (2,25%) e do pão (1,45%). O produto que apresentou maior redução de preço foi o feijão (-6,13%). O gasto com alimentação de uma família padrão (dois adultos e duas crianças), no mês passado, foi de R$ 1.269,24, informa o Dieese. Destaca ainda que, considerando as variações semestral e anual, a alimentação básica em abril deste ano está mais cara que em outubro de 2016 (R$ 415,41) e do que em abril de 2016 (R$ 385,14).
Apesar dos números do Dieese, o presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Gerardo Vieira Albuquerque, não concorda que os preços dos alimentos básicos estejam mais caros. “Estamos com açúcar, feijão, farinha, arroz, margarina e óleo de soja mais baratos”, comenta, acrescentando que a tendência é dos preços caírem nos próximos meses.
Nacional
Ainda de acordo com o Dieese, em 12 meses, 20 cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram observadas em Natal (10,28%), Fortaleza (9,85%) e Porto Alegre (8,73%). As reduções ocorreram em sete capitais, com destaque para Belém (-3,49%), Macapá (-3,28%) e Rio Branco (-3,11%).
Conforme a entidade, em abril de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.899,66, ou 4,16 vezes o mínimo de R$ 937.