“Cada pessoa sabe dos riscos que nos quais está se envolvendo, se tem um emprego que não é muito certo, se trabalha como autônomo, se está em setor que demite muito, ou tem a saúde fragilizada. Mas, em geral, se você reservar de 10 a 15% do que se economiza para este fundo de emergência, já está de bom tamanho”.
E para quem nunca teve o hábito de economizar, a criação de “porquinhos” para guardar as moedas que sobram pode ser uma boa ajuda para incrementar este fundo. “Vale muito deixar as moedas no porquinho e assim que encher ou atingir determinado tamanho aplicar este dinheiro neste fundo”.
Onde aplicar
Na opinião dela, fundos de renda fixa referenciados DI (Fundos DI), que investem no mínimo 95% do seu patrimônio em Títulos Públicos atrelados a Seclic, e mesmo a tradicional caderneta de poupança – apesar de seu rendimento ser menor, com 0,5% ao mês mais TR - são boas opções para manter o fundo de reserva. “Este dinheiro precisa ser investido em algum ativo em que você não seja muito penalizado se precisar tirar de hora pra outra”.
Já o professor Marco Antonio de Andrade defende que mesmo os fundos de emergência não podem ser aplicados em investimentos que sejam muito fáceis de serem acessados. “Tem que colocar em um investimento com um mínimo de carência para que a pessoa pense duas vezes antes de sacar”.
Ele sugere também programar a transferência automática de determinado percentual no dia do pagamento como uma boa estratégia para garantir a disciplina necessária para este fundo de reserva. “Hoje os bancos oferecem produtos que fazem aplicação mensal a partir de R$ 10, basta escolher o produto e programar o débito automático, de preferência direto na folha de pagamento, porque ai a pessoa não corre o risco de esquecer de depositar ou gastar com outros fins”.