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Caminhões com ajuda humanitária são queimados
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Caminhões com ajuda humanitária são queimados

| Venezuela| Ajuda brasileira segue detida na fronteira com a Venezuela. Três pessoas morreram em confrontos próximos aos Brasil
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 Caminhões são queimados na fronteira com a Colômbia
 (Foto: Schneyder Mendoza / AFP)
Foto: Schneyder Mendoza / AFP Caminhões são queimados na fronteira com a Colômbia

Os dois caminhões com ajuda humanitária que saíram do Brasil com destino à Venezuela continuam detidos na fronteira com o país, na região entre a cidade brasileira de Pacaraima (RR) e Santa Elena de Uairén, na Venezuela. O relato da reportagem contradiz o anúncio feito mais cedo pelo presidente autodeclarado, Juan Guaidó, de que os veículos tinham conseguido cruzar a fronteira.

Há pouco, surgiram novos relatos de que na fronteira venezuelana com a Colômbia, na ponte São Francisco de Paula Santander, venezuelanos correram para resgatar caixas de comida e remédios de caminhões em chamas. Fernando Flores, que estava no local e disse ser um parlamentar no Equador, afirmou que guardas nacionais venezuelanos incendiaram os caminhões quando estes entraram em território venezuelano, sob ordens do presidente do país, Nicolás Maduro.

Maduro prometeu bloquear todas as remessas de ajuda, consideradas por ele um "cavalo de Troia" com o objetivo de "pavimentar o caminho para uma intervenção militar estrangeira".

Ontem, na fronteira com o Brasil e com a Colômbia, os confrontos entre manifestantes e Guarda Nacional se intensificaram. Três pessoas morreram. Os hospitais de Roraima atenderam 13 venezuelanos feridos em confrontos em localidades próximas à fronteira com o Brasil, informou ontem a Secretaria de Saúde (Sesau-RR) do estado, por meio de nota.

De todos os atendidos, ao menos cinco foram liberados, enquanto os demais continuam internados no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, três dos quais em estado grave, segundo a Sesau-RR. Nove deles se feriram em confronto com militares em Kumarakapay, vila a cerca de 70 km da fronteira. Um dos atendidos, identificado como Lino Benavides, deu entrada na noite de sexta-feira no hospital em Boa Vista com traumatismo craniano e permanece em observação. Outro, Kleber Perez, foi atingido por um tiro no tórax e encontra-se internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O terceiro, Rolando Garcia Martinez, está sedado e respira com ajuda de aparelhos, informou a Sesau-RR. A tensão na região fronteiriça se intensificou desde quinta-feira (21), à noite, quando o governo do presidente Nicolás Maduro anunciou o fechamento da fronteira, de modo a evitar a entrada de toneladas de ajuda humanitária.(AFP)

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