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Pediu, chegou o crescimento do mercado dos apps de delivery
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Pediu, chegou o crescimento do mercado dos apps de delivery

|TENDÊNCIA | Por mais comodidade e maior velocidade no atendimento na hora de pedir comida, clientes usam aplicativos e fazem as ligações ficarem em segundo plano
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A UNIVERSITÁRIA Amaranta Galvão usa o serviço para pedir lanches quando está no trabalho ou faculdade (Foto: ALEX GOMES)
Foto: ALEX GOMES A UNIVERSITÁRIA Amaranta Galvão usa o serviço para pedir lanches quando está no trabalho ou faculdade

Tornou-se rotina no trânsito de Fortaleza ver e até disputar espaço com entregadores portando grandes mochilas coloridas em vermelho, verde, amarelo ou preto, em motos ou bicicletas. Eles fazem parte de um mercado que cresce a passos largos no Brasil e, nos últimos anos chegou com grande impacto em Fortaleza:
o de delivery.

Com área de atuação baseada em bairros centrais da Cidade, os aplicativos (apps) de entregas - principalmente de comida - proporcionam comodidade para usuários, opção para comércios e oportunidade para entregadores. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), esse mercado faturou mais de R$ 10 bilhões no País em 2017. A entidade ainda não divulgou os números deste ano.

A universitária Amaranta Galvão, 26, utiliza o iFood para pedir refeições no dia a dia e conta que a facilidade e rapidez no serviço conquistaram sua preferência.

"Utilizo os aplicativos pela praticidade porque, com eles, não precisa ligar. Antes, quando ligava algumas vezes, o telefone dava ocupado ou o local não fazia delivery. Por isso, eu tinha que ir até lá buscar. No aplicativo, só preciso escolher a comida e esperar a entrega", diz.

Satisfeita com o serviço do aplicativo, ela afirma que os descontos oferecidos também a agradam. Inserido na rotina, o uso do app é quase diário.

A outra parte do processo fica por conta da atuação de entregadores, como Felipe Barbosa, 30. Alternativa para driblar o desemprego, ele destaca que, trabalhando com sua moto, fatura mais do que na época em que era operador de máquinas
numa gráfica.

Outra vantagem apontada pelo agora entregador é a comodidade de fazer o próprio horário. "Não quero mais trabalhar com carteira assinada. Já tinha moto antes, e entrei para os aplicativos depois de ver amigos. Faço no mínimo R$ 100 por dia, de segunda
a sexta", revela.

Domingo é o melhor dia para entregas, quando Felipe fatura até R$ 350. Como o entregador não recebe pedidos em mais de uma plataforma, tática empreendida comumente nesse mercado, consegue atender a uma maior demanda de clientes.

Pedidos por comida são maioria nos aplicativos, que geralmente são entregues em bairros como Varjota, Aldeota, Dionísio Torres, Papicu, Fátima e Centro.

O perfil de usuários e entregadores nesses aplicativos é variado, o que mostra o crescimento cada vez maior no mercado. "Existem vigilantes utilizando o aplicativo, pessoas que tem emprego fixo. Alguns até pensam em desistir desses trabalhos e ficar só no app", completa Felipe.

O crescimento mundial desse mercado é destacado pelo conselheiro administrativo da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), Maurici Júnior. "Os aplicativos de delivery, principalmente do ramo de alimentos, vêm ganhando um parque muito grande, especialmente levando em consideração a necessidade cada vez maior das pessoas por praticidade".

Para ele, os entregadores que trabalham nas plataformas devem ser mais bem recepcionados pelo mercado, em comparação com os motoristas de aplicativo no início de operações dos apps de transportes, pois não representam uma "ameaça", mas "ajudam". ""É preciso haver uma adaptação por parte
dos negócios", reforça.

Conforme levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), metade dos restaurantes e lanchonetes atendidos pela instituição no Brasil oferecem o serviço, sem terceirização, para dar mais comodidade ao cliente.

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