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A preocupação com as mudanças a nível federal já reflete no Ceará. De acordo com o secretário do Esporte do Estado, Euler Barbosa, o atual ministro, Leandro Cruz Fróes da Silva, já avisou que com a extinção do ministério os repasses de recursos do Programa Esporte e Lazer da Cidade (Pelc) para o próximo ano podem ser interrompidos.

"A gente acabou de ser selecionado em um edital do Pelc de quase R$ 30 milhões e foi desenhado por nós um programa para atender 156 municípios, inclusive para ser desenvolvido nas areninhas. É um impacto muito grande perder isso", revela o secretário, que teme também o risco de extinção do programa Brincando com o Esporte.

Segundo Euler, 30% de todo o orçamento atual da Secretaria do Esporte do Estado (Sesporte) é oriundo do Ministério do Esporte, que encaminha verbas por meio do Fundo de Desenvolvimento do Esporte e Juventude (Fundej). Os valores repassado podem chegar até R$ 16 milhões por ano - a depender ainda dos recursos de loterias federais, que chegam pelo mesmo fundo.

A nível municipal, a extinção do Ministério aparenta não ter impacto. O POVO procurou a Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza (Secel) para se posicionar sobre o assunto e obteve como resposta apenas que não existe, hoje, nenhum programa realizado pela Secel com verba da pasta federal do esporte.

O Ministério do Esporte enviou ao O POVO um detalhamento de recursos e ações, em nível nacional e estadual. De acordo com a pasta, foram investidos R$ 4,8 milhões em programas educativos-esportivos no Ceará neste ano. Ao todo, 117 cearenses recebem mensalmente recursos do Programa Bolsa Atleta, voltado a desportistas olímpicos e paralímpicos de alto rendimento. O aporte é de R$ 1,9 milhão. O Ministério aponta ainda repasses para construção do Centro de Formação Olímpica (R$ 207 milhões) e Centros de Iniciação ao Esporte em cinco cidades do Interior (R$ 17,7 milhões), entre outros.