Decreto presidencial que institui educação financeira e previdenciária em escolas até existe no Brasil, mas poucos são os resultados de mudança na cultura. A Estratégia Nacional de Educação Financeira (decreto nº 7.397/2010) prevê formar alunos "educados financeiramente".
Falta de atenção às finanças são determinantes, mas não é só isso. O professor de Finanças da Coordenação de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Paulo Matos, diz que as principais causas da inadimplência são o desemprego e a pobreza.
"Mesmo em períodos de crise e juros altos, que empresas tomam menos crédito, as famílias ingenuamente, talvez irresponsavelmente, continuam se endividando num ritmo muito forte". Ele explica que governos incentivaram muito o consumo das famílias, sem pensar no risco.
Segundo Matos, para reverter o cenário, são necessárias "políticas públicas de promoção da educação financeira" e, para a queda dos juros, aumentar a quantidade de bancos, para incentivar a competitividade entre as instituições e beneficiar a população.