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Aliados admitem que primeiro ano será difícil
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Aliados admitem que primeiro ano será difícil

| Era Bolsonaro | Em contrapartida, partidos da oposição prometem atuação forte e apresentação de alternativas a medidas do novo governo federal, como reforma da Previdência
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O primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PSL) na presidência será difícil. A avaliação é de aliados do político no Ceará, que admitem dificuldades em aprovar reformas e em dialogar com Congresso Nacional. Do outro lado, oposição promete ter atuação forte de combate às medidas do futuro presidente.

 

"É como quando você compra um sapato que ainda está se encaixando no seu pé", compara o deputado federal eleito Heitor Freire (PSL), aliado de Bolsonaro no Ceará. Ele cita a necessidade de aprovação de reformas, o problema da economia e até a inexperiência de parte dos apoiadores do novo presidente no Congresso Nacional, muitos eleitos pela primeira vez.

 

"Muitos de nós ainda estamos conhecendo esse cenário nacional, mas eu não estou dizendo que isso é algo ruim, vejo como bom porque nós não temos esses vícios conhecidos da velha política. Será um novo desafio, e iremos aprovar bastante coisa no primeiro ano", estimou Heitor.

 

Também deputado federal eleito, Capitão Wagner (Pros) ressalta "dificuldades de relacionamento entre o Congresso e Executivo", que, a seu ver, deve gerar dificuldades no começo. "Mas a gente vai torcer, vai trabalhar para que elas sejam superadas e o País saia vencedor de tudo isso", prometeu.

[SAIBAMAIS] 

A expectativa de obstáculos soma-se ao trabalho da oposição, que contará com um grande número de representantes. O PT, derrotado pela primeira vez em uma eleição presidencial após mais de uma década de vitórias, será a maior bancada contrária a Bolsonaro e tem prometido fazer uma oposição ostensiva.

 

O deputado federal José Guimarães afirmou que "o PT soube fazer uma oposição no passado e também soube governar muito bem o País". "É uma oposição global ao modelo econômico que está sendo dirigido pelo Paulo Guedes, que é da restrição total dos benefícios sociais e do ponto de vista da retirada de direitos. Nós não temos como apoiar esse governo, em qualquer situação nós vamos fazer oposição, mas procurando estabelecer alternativas ao País", explicou.

 

O presidente do PDT André Figueredo, também deputado federal, fala sobre o papel do seu partido, que compõe um bloco de oposição juntamente com o PCdoB e o PSB. "Nós estaremos resistindo, Queremos somar uma oposição que para toda proposta que vier do governo federal, nós vamos apresentar uma contraproposta, uma outra alternativa naquilo que for possível", disse.

 

[QUOTE1]Tendência é que bloco faça oposição "menos radical" que a do PT, ao menos segundo fala do senador eleito Cid Gomes (PDT), que afirmou durante sua diplomação que é necessário "dar um crédito de confiança, não agir com preconceito e não ter uma postura de oposição qualquer que seja a iniciativa, agir com moderação".

 

O deputado federal Domingos Neto, presidente estadual do PSD, fala em independência da sigla, mas sinaliza apoio nas principais matérias. "É um governo que quer acertar", disse. 

 

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