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O dia em que o eleitor quase virou candidato
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O dia em que o eleitor quase virou candidato

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Em apenas uma oportunidade, que ele não conseguiu precisar exatamente quando foi na conversa com O POVO, o "Doutor Felício" pensou em mudar de lado no balcão, trocando a condição de eleitor pela de candidato. "Estava tudo encaminhado para eu disputar vaga de deputado", lembra, "quando uma situação pessoal, a morte inesperada de um parente, fez com que desistisse".

 

Uma situação que até pode lhe ter chateado no momento, mas que hoje é observada por ele próprio com um grande alívio. Laços de amizade e de admiração com gente como Raul Barbosa, o irmão dele, Carlos Barbosa, e Waldemar de Alcântara (pai do ex-governador e ex-senador Lúcio Alcântara) fizeram-no filiado e militante do PSD, sigla pela qual participaria do processo eleitoral no projeto que as circunstâncias interromperam.

 

Outra amizade na política, esta mais ligada aos tempos de juventude, ainda no Cariri, foi com Miguel Arraes, que viria a se transformar num dos mais influentes líderes políticos de Pernambuco.

 

"Chegamos a morar juntos em Recife quando jovens", recorda, destacando que a entrada posterior dele na política não o surpreendeu. "Ele era muito de esquerda, mas uma pessoa tranquila", reforça, adiantando que não mais voltaram a se encontrar depois que Miguel Arraes virou um grande nome da política nacional, exilado do País por divergências com a ditadura militar e governador de Pernambuco mais de uma vez. "Não, não nos encontramos mais".

 

Na pesquisa mental que realizou durante a entrevista, lembrou de apenas um caso de relação da família Felício com a política, no sentido da ocupação de cargo público. Seu tio, Pedro, foi três vezes prefeito de Crato.

 

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