Cada uma a seu modo e por razões distintas, as duas principais lideranças da disputa estão impedidas de participarem da campanha.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque foi barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa.
E Bolsonaro porque foi alvo de um ataque a faca na última quinta-feira e permanecerá hospitalizado por pelo menos dez dias ainda.
Mesmo limitados Lula pela Justiça e Bolsonaro por sua condição de saúde , os dois políticos continuam a exercer influência decisiva na eleição, alimentando o objetivo de figurarem no segundo turno.
Em comum, eles têm mais que o potencial de voto e o fato de que representam as antípodas do espectro político. O petista e o militar partilham o discurso de vítima.
Lula já vem explorando essa retórica há tempos, a ponto de a campanha presidencial do PT se confundir com sua defesa jurídica.
Ainda que não leve o episódio de violência a seu horário eleitoral, Bolsonaro terá se beneficiado politicamente da agressão.