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Geraldo Alckmin: Basta de tanta violência no Ceará
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Geraldo Alckmin: Basta de tanta violência no Ceará

O POVO publica artigos de candidatos a presidente. Hoje, Geraldo Alckmin, do PSDB
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Tipo Notícia

Geraldo Alckmin

opiniao@opovo.com.br

Candidato do PSDB à Presidência da República 

 

Uma terra ensolarada como poucas, praias deslumbrantes, um sertão com paisagens únicas de serras e caatinga, uma culinária maravilhosa e diversas outras virtudes. Um comércio vigoroso na capital e no interior, uma indústria de destaque e uma produção agrícola em crescimento. Um povo afável, festivo e trabalhador completa esse cenário. Por que, então, o Ceará ainda sofre com tantas dificuldades?

[SAIBAMAIS]

Tenho estudado a realidade brasileira com muita dedicação. Uma das causas - talvez a principal - é a violência que ganha terreno dia após dia nas terras cearenses. No ano passado, foi o estado brasileiro com maior alta no número de homicídios: 48%, o que significou quase 1.800 mortes a mais. Não era assim. Desde 2006, último ano do governo do PSDB, o número de mortes mais que triplicou: 238% de aumento.

Em São Paulo, onde terminei recentemente meu quarto período como governador, ocorreu o contrário. Entre 2006 e hoje, o número de homicídios caiu 84%, ou 6.155 mortes a menos por ano. Em 20 anos foram salvas mais de 100 mil vidas. Isso se faz com tecnologia, treinamento, integração e inteligência.

O que temos a propor aos cearenses é, a um só tempo, ações de repressão ao crime e de superação da pobreza. Para conter a bandidagem, vamos criar os GPS, ou Grupo de Políticas de Segurança, cada um com pelo menos um delegado da PF, um especialista em inteligência, um analista criminal, um técnico da Fazenda e um consultor em gestão, que trabalharão junto às polícias estaduais. O Ceará será dos primeiros estados a receber um GPS. Vamos também criar a Guarda Nacional, um corpo permanente que vai apoiar o combate ao crime em regiões onde a situação for pior. Já o programa Linha Dura vai aumentar o tempo de prisão para bandidos, acabando com reduções de pena e benefícios como as "saidinhas" da cadeia.

Para superar a pobreza, é necessário concluir projetos estruturantes, com capacidade para gerar empregos imediatos e impulsionar a economia. Vejam a Transnordestina: já custou R$ 11 bilhões - três vezes a previsão original - mas ainda não funciona. No Ceará, só 15% da ferrovia estão prontos. É preciso relicitar a concessão para que as obras continuem. Dinheiro há muito: os governos não têm, mas a iniciativa privada no mundo nunca teve tanto disponível. Por isso, com leis justas e claras, uma gestão pública responsável e a consequente recuperação da confiança, os investimentos virão. É assim que será possível prosseguir com a expansão do Metrofor ou do Porto do Pecém, só para citar alguns exemplos.

Em Brasília, durante os governos do PT, todos sabemos que a prioridade no Nordeste não foi o Ceará. Com seus artistas que tanto nos divertem, seus empresários, sua natureza exuberante, sua gente forte e trabalhadora, o Ceará merece muito mais. É preciso que o Brasil olhe para o Estado com justiça e generosidade. Ao povo cearense, deixo meu compromisso de que isso é o que farei na Presidência da República.

 

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