Em 16 de agosto, tem início a campanha eleitoral que elegerá o próximo presidente da República. Com índice de indecisos atingindo patamares recordes, os eleitores terão um desafio gigantesco: pesquisar a vida pregressa de cada candidato e descobrir quais suas propostas para o futuro do País.

[SAIBAMAIS]

Sou, desde sempre, um combatente assíduo da corrupção. No Senado Federal, enquanto o País era assaltado por organizações criminosas que tomaram o poder, estive quase sozinho na oposição. Participei de CPIs. Apresentei denúncias, sendo que algumas se transformaram em investigações, como no caso da refinaria de Pasadena (EUA).

Convoquei ministros a dar explicações. Entrei com mandados de segurança no Supremo Tribunal Federal para reverter decisões do governo. Apresentei inúmeros pedidos de informações para exigir transparência nas ações dos ministérios. São anos de luta implacável contra a corrupção e contra privilégios.

É de minha autoria o projeto, aprovado no Senado, que acaba com o foro privilegiado de aproximadamente 55 mil autoridades. Também apresentei projetos para legitimar a prisão após condenação em segunda instância; para acabar com voto secreto para cassações de mandato parlamentar; e para reduzir a quantidade de senadores e deputados federais.

O País necessita de um Legislativo mais enxuto, mais econômico e mais qualificado. Conheço bem o tema. Ao longo da minha história, atuei como vereador, deputado estadual, deputado federal, senador e governador do Paraná (1987-1991), onde deixei o Palácio Iguaçu com 93% de aprovação. Na época, em meio à recessão, o Paraná foi o único estado da federação a fechar as contas com superávit, isto sem precisar cortar obras, sem atrasar pagamentos e sem antecipar receitas.

Como isso foi feito? Reforma administrativa e saneamento financeiro do Estado. Deu certo no Paraná e dará certo no Brasil, pois pretendo aplicar a mesma fórmula. A esse conjunto de reformas essenciais, que servirão para reorganizar o País na direção do futuro, costumo chamar de refundação da República.

Esta refundação passa pela substituição do atual sistema corrupto e ineficiente, calcado na prática do balcão de negócios. Somente com o rompimento do modelo atual de governo será possível recuperar a economia (com a criação de ao menos 10 milhões de empregos) e tornar a investir em saúde, educação, segurança pública e programas sociais (como Bolsa Família), a fim de recolocar o Brasil nos trilhos.

Sabemos que o diagnóstico atual é pessimista. Mas é fundamental que o brasileiro não perca a esperança e a confiança na reconstrução da nação. Seja exigente. Cobre, pesquise. Passado limpo e experiência administrativa são ingredientes essenciais para se promover as mudanças que o Brasil precisa.  

Alvaro Dias

alvarodias@senador.leg.br

Senador e candidato a presidente da República pelo Podemos