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Dona do próprio destino
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Dona do próprio destino

Edição Impressa
Tipo Notícia

 

Uma notícia no O POVO, sobre a abertura de novas turmas para cursos na Escola de Gastronomia Autossustentável, levou Renata Aparecida Ferreira de Oliveira, 32 anos, “moradora do Bom Jardim desde que nasceu”, ao destino que ela imaginava quando ainda era criança. Renata tem graduação e pós-graduação na área administrativa, “mas a paixão pela culinária é desde a infância”, sublinha.

 

Era um amor clandestino porque a mãe não apoiava a ideia de ter uma filha “no pé do fogão”. Renata concluiu os estudos, pelo gosto da mãe, mas fazia trufa, bolo e brownie para vender no trabalho. “Nos finais de semana, que eu não trabalhava, fui vendendo em casa. Foi dando mais certo do que o meu trabalho formal”, conta.

 

Então, ela mudou o rumo da vida: demitiu-se do emprego formal em uma secretaria de faculdade e, desde 2017, investe o tempo e os dons em cursos da Escola de Gastronomia. Renata fez os cursos de eventos, empreendedorismo no ramo gastronômico, financeiro, panificação e confeitaria, gastronomia de rua e chocolateria. “Estou pulando de curso em curso porque cada aula é uma porta que se abre na nossa vida”, avança. “O projeto dá força, dá coragem, dá o norte. Ensina a fazer e mostra que dá certo. Então, você vai, aprende, vê que é capaz e faz”, segue.

 

O conhecimento se aprimora e alimenta a autoestima, espelha Renata: “Eu poderia muito bem abrir uma delicatessen. Porque eu vendo de tudo: do baião de feijão verde à pizza”. Ela mantém uma produção caseira, em sociedade com uma cunhada. “É um ramo que só cresce... E eu acredito muito no meu potencial de qualidade. Estou fugindo da modinha, do básico e estou partindo para o gourmet. Tenho o básico, mas também tenho o diferencial”, amplia-se.

 

Além de acreditar em si mesma, Renata afirma que o Bom Jardim é um território de crescimento econômico. Cria do bairro, ela se torna boa parte do futuro do lugar: “Quero crescer como uma profissional da área gastronômica dentro do Bom Jardim porque acredito que aqui existam pessoas que não precisam ir pra shopping, pra outro bairro pra comer bem. Conseguem comer bem aqui, de qualidade e de um custo menor”.

 

Ana Mary C. Cavalcante)

 

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