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Ceará. Canudo feito de caule de mamoeiro
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Ceará. Canudo feito de caule de mamoeiro

| BIOCANUDO | O produto foi desenvolvido pelo projeto Muda Meu Mundo e tem origem da agricultura familiar, sem utilização de agrotóxicos
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1 bilhão de canudos de plástico são descartados diariamente em todo o mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Alternativa ao material que leva de 200 a 450 anos para se decompor, cearenses aproveitam o caule do mamoeiro.

 

O biocanudo foi desenvolvido pelo projeto Muda Meu Mundo, gerido por duas irmãs, Priscilla e Débora Veras. O produto é livre de agrotóxicos e biodegradável.

[SAIBAMAIS]

Priscilla explica que a maior vantagem do biocanudo é não causar impacto ambiental. “O canudo plástico é responsável pela morte de muitos animais marinhos e não tem vantagem nenhuma”, conta. Além disso, o mamoeiro utilizado na confecção do canudo é livre de contaminação química.

 

O produto final não tem gosto e não absorve sabor de outros líquidos. Ele deve ser conservado na geladeira e pode ser utilizado até cinco vezes. Para higienização, água é suficiente. O preço ainda está em fase de ajuste, mas Priscila explica que a ideia é tornar o produto acessível.

 

O biocanudo pode ser adquirido na feirinha do Muda Meu Mundo que acontece todos os finais de semana das 8 horas às 11 horas. A feira acontece aos sábados na Praça das Flores, avenida Desembargador Moreira, e no Mercadinhos São Luiz da Oliveira Paiva, aos domingos. Também é possível adquirir frutas e legumes livres agrotóxicos.

O diretor-presidente do instituto de conscientização ambiental Akatu, Helio Mattar, considera que os canudos plásticos se tornaram um símbolo do problema de resíduos plásticos por serem produtos que poucas vezes são de fato necessários, mas que são usados com frequência.

 

Além do canudo de mamão, Mattar explica que há canudos reutilizáveis de vidro ou de metal, e também canudos comestíveis.

 

Outra alternativa são os canudos de papel. Mattar alerta, entretanto, que estes devem ser evitados. “Ainda que eles se decomponham muito mais rápido do que as versões plásticas, deve-se lembrar que muitos recursos naturais precisaram ser usados na sua produção, muitas vezes com impactos ambientais negativos”, explica.

 

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