Logo O POVO+
Editorial. Em busca da paz
DOM

Editorial. Em busca da paz

Edição Impressa
Tipo Notícia

 

Depois de um período de tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, devido aos testes nucleares promovidos pelo país asiático, houve breve período de distensão, quando aconteceu o encontro, em abril, entre o ditador Kin Jong-un e o presidente da Coreia do Sul, Moom Jae-in. Kin foi o primeiro líder norte-coreano a atravessar a fronteira entre os dois países, desde a Guerra da Coreia, que opôs os dois lados entre os anos de 1950 e 1953.

 

A guerra terminou sem que houvesse um tratado formal de paz, tendo sido firmado apenas um armistício. Nesse encontro os dois líderes acertaram a retirada de todas as armas nucleares da península coreana, abrindo a possibilidade de, finalmente, vir a ser assinado um acordo de paz entre as duas Coreias.

 

Foi nesse clima mais ameno que o presidente americano, Donald Trump e Kin Jong-un marcaram um encontro, que deveria realizar-se no próximo dia 12 de junho, em Singapura. Mas, em se tratando de política internacional - ainda mais envolvendo líderes como Trump a Kin - as coisas nunca são simples.

 

Logo após, o líder norte-coreano anunciou o cancelamento de uma nova reunião com Moom Jae-in, fazendo ameaças de que poderia cancelar a reunião Trump. Ele estava irritado com as manobras militares que o país sul-coreano realizava com os Estados Unidos. Porém, em seguida, Pyongyang destruiu suas instalações de testes nucleares, em aparente gesto de boa vontade em relação ao vizinho e a Washington.

Porém, agora, foi a vez do presidente americano jogar por terra a esperança de que poderia surgir um acordo entre os dois países. Primeiro no Twitter, depois em uma carta, Trump anunciou o cancelamento da reunião com o líder norte-coreano, sob o argumento de que ele teria manifestado, em pronunciamento, “raiva e hostilidade” em relação aos Estados Unidos.

O fato é que, enquanto persistir o choque entre os dois líderes, permanece a ameaça de que o conflito possa descambar um confronto aberto.Preocupados, a Coreia do Sul e líderes europeus buscam formas de manter o diálogo, de modo a evitar uma guerra de consequências imprevisíveis.

 

O que você achou desse conteúdo?