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A Semana. A montanha russa da economia
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A Semana. A montanha russa da economia

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Tipo Notícia

ECONOMIA Foi uma semana cheia de números para baixo e para cima. O primeiro foi o dólar, que afeta muito mais do que uma viagem ao Exterior, mas estimula bem o turismo no País. E a causa maior da alta da moeda, desta vez, nem é a conturbada política do Brasil. É mesmo a melhora da economia dos Estados Unidos. E como cresce rápido, país de pouco risco, aumentar os juros é o que o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) está tranquilo para fazer. O problema é que a taxa mais alta estimula os investidores a tirar dinheiro de países emergentes e levar para lá. Por isso que a política do Banco Central do Brasil de contrariar a expectativa dos economistas de ter a Selic a 6,25% ao ano e manter a 6,5% foi acertada. Essa alta do dólar, como consequência do Fed, pode afetar a inflação, que hoje gira em torno de 3%. Depois vieram os dados do IBGE, com a notícia de que 522 mil cearenses estão sem ocupação, se considerado o primeiro trimestre de 2018. Apesar da sazonalidade dos empregos temporários perdidos, de fim de ano, foram 71 mil pessoas a mais sem trabalho. O pior é ver os desalentados, em que 20 mil desistiram de procurar vaga e saíram da força de trabalho. Vale informar que o estudo inclui todos os tipos de ocupação, formais e informais, além de empresários e funcionários públicos. Já os dados do Ministério do Trabalho, na sexta-feira, mostraram recuperação no emprego formal e trouxeram a esperança de que, depois de passado o primeiro trimestre, haverá melhoras.


Beatriz Cavalcante
EDITORA DE ECONOMIA

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