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A Semana. No discurso, o aceno para uma renovação
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A Semana. No discurso, o aceno para uma renovação

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Tipo Notícia

COM AS ATENÇÕES dos brasileiros voltadas para São Bernardo do Campo, Lula fez neste sábado seu primeiro discurso público desde que o juiz Sérgio Moro impôs prazo para a rendição do petista, que lidera pesquisas de intenções de voto para a Presidência. Diante da multidão vestida de vermelho, Lula traçou paralelo com a própria história ao cumprimentar Guilherme Boulos, pré-candidato ao Planalto pelo Psol. Abraçou também a pré-candidata pelo PCdoB, Manuela d’Ávila, de quem destacou a disposição para enfrentar a negação da política. 


Num palanque solidário, misto, o aceno de Lula para a renovação, para jovens lideranças, lança luz sobre os caminhos que a esquerda construirá para se refazer diante de um momento de fragilidade, que resulta da sequência de derrotas vividas pelo PT nos últimos anos - incluindo impeachment e denúncias de corrupção - e também do fortalecimento das ideias de extrema direita no País. A condenação em 2ª instância, a negação dos habeas corpus de Lula e a própria prisão desenham um cenário eleitoral pulverizado para a esquerda. Lula continua forte. PT não deve abrir mão de candidatura própria. Mas o afago de Lula aos amigos rivais na disputa ensaia aproximação do bloco para o 2º turno. 

 

Antes, teremos chance de confirmar se haverá transferência de votos para candidaturas mais viáveis.

Lucinthya Gomes
EDITORA DO O POVO

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